Avião ucraniano que
ligava ilhas de São Tomé
e Príncipe em terra
desde quinta-feira
Centenas
de pessoas estão retidas
nas ilhas de São Tomé e
do Príncipe desde
quinta-feira, devido à
falta de documentos do
avião que assegurava a
ligação regional,
registado na Ucrânia,
disse à Lusa o
presidente regional do
Príncipe.
A companhia aérea
são-tomense STP Airways
assegura seis voos
semanais, à exceção de
terça-feira, com um voo
por dia, mas a ligação
foi interrompida na
quinta-feira passada,
deixando "dezenas,
centenas de pessoas em
terra" nas duas ilhas do
arquipélago.
Segundo explicou à Lusa
o presidente do Governo
Regional do Príncipe,
Filipe Nascimento, a
empresa necessita de
atualizar o seguro e,
devido à guerra na
Ucrânia, está a haver
"uma dificuldade de
obter documentos".
As autoridades regionais
do Príncipe estão a
"diligenciar junto de
operadores do setor de
aviação para procurar
"encontrar urgentemente
uma solução" e esperam
"a todo o momento"
conseguir repor a
ligação aérea.
"Há vários turistas
retidos e as estâncias
hoteleiras estão neste
momento a sentir este
desconforto", comentou
Filipe Nascimento.
A interrupção da ligação
aérea "afeta a população
de um modo geral, a
economia, o turismo
[principal motor da
economia regional]",
lamentou.
Contactada pela Lusa, a
chefe do departamento
comercial da STP Airways
relatou que a empresa
ucraniana opera a
ligação desde há cerca
de seis anos, sendo que
o seguro terminou na
sexta-feira.
"Eles estavam a tentar
já há um, dois meses,
obter os documentos na
Ucrânia para renovar o
certificado do aparelho,
mas devido à situação de
guerra não conseguiram",
indicou a responsável.
Na quinta-feira, a
companhia realizou dois
voos, antecipando o do
dia seguinte, mas desde
então não se realizaram
mais voos.
O presidente do governo
regional manifestou-se
particularmente
preocupado com o impacto
da falta de ligação
entre ilhas nas
evacuações médicas, já
que "o setor da saúde na
região ainda vai
precisar de transferir
muitos doentes para eles
seguirem cuidados mais
particulares na capital
do país", São Tomé.
"É um momento muito
difícil para o país e
particularmente para a
região sabendo que a
descontinuidade
territorial tem como uma
necessidade premente a
conexão seja por via
aérea como marítima, com
necessidade de permitir
que o Estado esteja a
dar essa resposta a
todos os cidadãos e
assim permitir que nos
sintamos ligados ao
centro de abastecimento
do país, que é a
capital", referiu.
O abastecimento do
Príncipe por via
marítima também tem
estado a atravessar uma
crise, sendo uma das
consequências diretas a
inexistência, "há quase
um mês", de combustíveis
à venda nos postos desta
ilha, o que afeta todas
as atividades, desde a
pesca à agricultura.
"A ilha está parada e
toda a economia fica
comprometida", lamentou
o presidente do Governo
Regional do Príncipe.
(In Lusa)
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