Presidente do Príncipe
quer voos diretos de
países vizinhos para
a ilha
Atualmente, apenas a
companhia aérea
nacional, STP Airways,
assegura uma ligação
diária entre as ilhas de
São Tomé e do Príncipe
O
presidente do governo
regional defende que a
ilha do Príncipe tem
capacidade para receber
mais companhias aéreas,
que criem alternativas à
atual única ligação, com
São Tomé, nomeadamente
com voos de países
vizinhos da costa da
África Ocidental.
“Há necessidade de
termos companhias em
concorrência porque já
há um fluxo que
justifica isso. No
passado já houve duas
companhias a operar
simultaneamente voos
diários”, sustentou
Filipe Nascimento, em
entrevista à Lusa.
O governante regional
destacou a “privilegiada
localização estratégica”
do Príncipe, no golfo da
Guiné, defendendo novas
rotas que liguem a ilha
são-tomense à costa
oeste-africana, onde
existem “algumas cidades
que podem também emitir
turistas”.
Filipe Nascimento deu o
exemplo de países da
região como Angola,
Guiné Equatorial, Gana
ou Gabão.
Podemos ter aqui um
fluxo repartido onde um
avião podia fazer várias
paragens numa rota que
viesse a justificar a
entrada de aviões em
maior quantidade”,
disse, reforçando que a
pista do aeroporto do
Príncipe já tem
capacidade para receber
aviões ATR com 70
lugares.
“Temos que buscar aqui
uma lógica de operação
de aviação civil em rede
olhando para estes
países do golfo da Guiné
para rentabilizar a
estratégia das
companhias, seja quem já
pode melhorar esta rota
expandindo para esses
países, seja outras
companhias que possam
também vir a fazer
concorrência”, comentou
o presidente do governo
regional.
Atualmente, apenas a
companhia aérea
nacional, STP Airways,
assegura uma ligação
diária entre as ilhas de
São Tomé e do Príncipe,
à exceção de
terça-feira, mas o
governante lamentou o
elevado custo das
passagens, que podem
chegar aos 280 euros
para um trajeto de 30
minutos.
A ilha do Príncipe, que
em julho cumpre 10 anos
como Reserva da Biosfera
da UNESCO (Organização
das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e
Cultura), fez uma aposta
no turismo como motor da
economia, mas com uma
abordagem de proteção e
respeito pelo ambiente,
na qual a população
local e investidores
estão “fortemente”
empenhados, disse.
Nós temos que trabalhar
o segmento ‘premium’
diversificado e voltado
para o ecoturismo”,
afirmou, sublinhando que
o Príncipe “está no
caminho para vir a ser
distinguido como a
capital do ecoturismo da
região”.
No entanto, a aposta na
sustentabilidade traz
“um desafio paralelo”,
nomeadamente quanto à
exploração de recursos
naturais, existindo na
ilha uma política de
restrição quanto à
extração de areia e do
abate de árvores.
“O grande desafio é
termos alternativas que
sejam mais sustentáveis
à extração de recursos
naturais, sobretudo
quando temos sinais de
consequências das
alterações climáticas
que são visíveis e o
Príncipe tem tido esses
sinais, com subida do
nível da água do mar e
invasão de zonas onde as
pessoas habitam muito
próximo das praias”,
sustentou Filipe
Nascimento.
O presidente da região
autónoma relatou que,
durante a pandemia de
Covid-19, a ilha ficou
isolada durante meses e
com as unidades
hoteleiras fechadas, o
que obrigou a população
local a virar-se para a
agricultura, pesca ou
pecuária.
Atualmente, está a ser
desenvolvido um novo
projeto hoteleiro, que
deverá estar concluído
no prazo de um ou dois
anos, e há outros
investidores
interessados em aumentar
a capacidade hoteleira
da ilha. ( In Lusa)
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