Oceanos. São Tomé e
Príncipe pede mais
apoios internacionais
para promover
economia azul
O
primeiro-ministro de São
Tomé e Príncipe, Jorge
Bom Jesus, pediu esta
terça-feira em Lisboa
mais apoio da comunidade
internacional para
promover a economia azul
e “corrigir o défice” de
emprego no país.
“São Tomé e Príncipe
gostaria muito de poder
beneficiar de apoios
financeiros adicionais,
adaptados às reais
condições e modalidades
do nosso país, de modo a
nos permitir consolidar
as nossas capacidades
para atingirmos
plenamente os objetivos
fixados no quadro da
estratégia para
beneficiar o crescimento
azul, a iniciativa
público-privada e
corrigir o nosso défice
em matéria de emprego e
capacidade de
empreendimento da nossa
juventude, homens e
mulheres”, afirmou o
chefe do Governo
são-tomense, na sua
intervenção na plenária
no segundo dia da
Conferência dos Oceanos
das Nações Unidas, a
decorrer em Lisboa.
Bom
Jesus afirmou que
o “modelo de crescimento
em vigor” em São Tomé e
Príncipe exerce “uma
forte pressão sobre o
ecossistema aquático e
os oceanos, bem como
sobre o direito das
comunidades das zonas
costeiras e
ribeirinhas”, o que
“urge inverter”.
“Impõe-se a todos, e
particularmente à
comunidade
internacional, começar a
ver São Tomé e Príncipe
com olhos de ver, no
sentido de tudo fazer
para apoiar o país a
estar material,
financeira e
institucionalmente à
altura das suas
potencialidades
oceânicas e das metas
fixadas neste sentido”,
adiantou o
primeiro-ministro
são-tomense.
Jorge Bom Jesus recordou
que o país, composto por
duas ilhas, “possui uma
vasta zona económica
exclusiva que é 160
vezes superior ao da
superfície terrestre,
dispondo de importantes
potencialidades para o
seu desenvolvimento
económico e social,
associados a uma
economia dos oceanos”.
O
primeiro-ministro
adiantou que o
parlamento de São Tomé e
Príncipe deverá aprovar
“nas próximas semanas”
uma nova legislação para
a “estratégia nacional
de transição para uma
economia azul” em São
Tomé e Príncipe.
“Asseguro-vos que logo
após a aprovação pela
Assembleia Nacional da
lei, nada será como
dantes. Tudo o que
possamos fazer estará
alinhado com os eixos e
pilares em que assenta a
estratégia nacional,
exigindo quer no plano
nacional institucional,
quer no plano de
relacionamento com os
como nossos parceiros, o
alinhamento dos seus
programas indicativos
com a nossa estratégia”,
acrescentou.
Bom
Jesus deixou o “firme
compromisso e
engajamento” das
autoridades do seu país
para prosseguir “na
senda da implementação
de um processo de
transição sustentado e
resiliente” da economia
nacional “em direção à
economia azul”.
Na
sua intervenção, o
governante deixou ainda
um apelo sobre a
criminalidade no Golfo
da Guiné.
“Gostava que não se
esquecessem do fenómeno
da pirataria do Golfo da
Guiné e a necessidade de
juntarmos as mãos para o
seu combate”, afirmou
Jorge Bom Jesus. Lusa