São Tomé promete
partilhar ganhos do
petróleo com Cabo Verde
O
primeiro-ministro de São
Tomé e Príncipe, Jorge
Bom Jesus, diz ter
"grandes expectativas"
com a exploração
petrolífera em águas do
país e prometeu
partilhar "os ganhos"
com Cabo Verde.
"Temos 160 vezes mais de
mar do que a própria
terra e além dos
recursos haliêuticos
[pesca], temos esperança
na exploração
petrolífera ao nível da
nossa zona económica
exclusiva, há grandes
expectativas nesse
sentido", afirmou Jorge
Bom Jesus, numa
declaração conjunta no
Palácio do Governo com o
homólogo cabo-verdiano,
Ulisses Correia e Silva,
no âmbito da visita
oficial que realiza a
Cabo Verde até
quarta-feira (30.03).
Antes desta declaração,
as delegações
ministeriais dos dois
países assinaram cinco
novos acordos para
reforço da cooperação
bilateral em áreas como
a educação, turismo,
agricultura, economia,
formação profissional e
comunidades.
"Partilharemos os ganhos
com Cabo Verde porque de
facto o sucesso de Cabo
Verde será também o
sucesso de São Tomé e
Príncipe", afirmou o
chefe do Governo
são-tomense, aludindo à
"parceria" que os dois
Estados insulares de
língua oficial
portuguesa tentam
relançar a partir de
agora, estagnada nos
últimos 15 anos.
Assistir ao vídeo25:40
Extração de Petróleo no
Uganda: Inevitável ou
insustentável?
Antecedendo a assinatura
destes cinco acordos e
de um processo verbal,
bem como a declaração
conjunta dos dois chefes
do Governo, a comissão
mista entre Cabo Verde e
São Tomé e Príncipe,
presidida pelos
respetivos chefes da
diplomacia dos dois
países, Rui Figueiredo
Soares e Edite Costa Ten
Jua, reuniu-se pela
primeira vez desde 2007,
quando foi assinado o
Acordo Geral de
Cooperação.
Primeira perfuração
adiada para maio
A realização da primeira
perfuração petrolífera
na Zona Económica
Exclusiva (ZEE) de São
Tomé e Príncipe,
inicialmente prevista
para março, foi adiada
para início de maio,
anunciou fonte oficial
em fevereiro passado,
assegurando que "os
planos originais não
ficaram comprometidos".
O adiamento da
perfuração no poço
denominado Jaca foi
anunciado pela Agência
Nacional de Petróleo de
São Tomé e Príncipe (ANP-STP),
após ser notificada
pelas empresas do
consórcio constituído
pelas petrolíferas
anglo-holandesa Shell e
a portuguesa Galp que
exploram o bloco 6 da
ZEE são-tomense.
"A Shell e a Galp
esperam iniciar as
operações do poço Jaca
(Bloco 6), em alto-mar,
no início de maio e,
apesar do ligeiro
atraso, os planos
originais não ficaram
comprometidos", referiu
anteriormente a ANP-STP
em comunicado.
Acrescentou que o
adiamento deve-se a "uma
alteração na
disponibilidade do
navio-sonda ’Valaris
DS-10’, inicialmente
alocado para executar as
operações de perfuração
no Bloco 6", em virtude
de uma descoberta
recente verificada num
poço explorado pelo
consórcio Shell e Galp
na Namíbia.
"Por este motivo, após
aprovação da ANP-STP, as
empresas do consórcio
contrataram em processo
acelerado o navio-sonda
’Maersk Voyager’,
igualmente bem equipado
e com larga experiência
na realização de
operações de perfuração
na África Ocidental
(Gana, Angola e Guiné
Equatorial) e que
recentemente foi
utilizado na perfuração
do poço Venus da
TotalEnergies na
Namíbia", esclarece a
nota.
Em dezembro do ano
passado, a ANP-STP e os
representantes da Shell
e da Galp promoveram uma
ronda de apresentações
aos titulares dos órgãos
de soberania e aos
poderes locais, regional
e à sociedade civil
são-tomense, no sentido
de partilhar as
informações sobre este
projeto, que segundo o
diretor da ANP-STP,
Olegário Tiny, é
aguardado "com
expectativa" pelos
são-tomenses há mais de
20 anos.
Olegário Tiny esclareceu
na altura que do ponto
de vista financeiro o
início da perfuração não
traduz "nenhum impacto
imediato direto" na
economia do país, mas,
"do ponto de vista de
conhecimento geológico
da área, este primeiro
furo pode ter uma
importância muito
grande". A Semana com
Lusa
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