Países lusófonos pedem
investimento chinês na
recuperação económica
pós-Covid
Os países
lusófonos pediram este
domingo
(10.04) investimento
chinês no âmbito da
recuperação económica
pós-Covid-19, numa
reunião extraordinária
ministerial do Fórum
para a Cooperação
Económica e Comercial
entre a China e os
Países de Língua
Portuguesa.
O primeiro-ministro de
Cabo Verde, Ulisses
Correia da Silva,
sustentou que, "num
momento de contração
económica mundial", o
"maior desafio" passa
"por vencer a pandemia"
e que os esforços
conjuntos, no âmbito do
Fórum de Macau, podem
ser "uma oportunidade
para atrair investimento
privado", nomeadamente
na construção civil, com
expressão nos números do
emprego.
Nuno Gomes Nabiam, chefe
do Governo guineense,
aproveitou para convidar
os investidores a
visitarem o país, agora
que se "retoma agenda
económica e diplomática,
após anos de estagnação
e letargia", apelando ao
apoio da China no
"desenvolvimento de
tecnologias produtivas",
palavras secundadas pelo
primeiro-ministro de
Moçambique, Adriano
Maleiane, que manifestou
a vontade de reforço da
união e dos mecanismos
de cooperação dos países
representados no Fórum
Macau.
O primeiro-ministro de
São Tomé e Príncipe,
Jorge Bom Jesus,
sublinhou a importância
do apoio, "desde logo de
índole financeira", na
definição dos "eixos
centrais" de atuação
futura do Fórum de
Macau".
É a China a nova
potência colonial em
África?
Já o ministro de Estado
para a Coordenação
Económica de Angola,
Manuel Nunes Júnior,
lembrou a importância do
investimento chinês num
país que está "a
realizar importantes
reformas democráticas e
do Estado de Direito" e
a desenvolver medidas
económicas que passam,
por exemplo, "por
diminuir a dependências
do petróleo".
"Uma nova página na
história"
O líder do Governo
timorense, Taur Matan
Ruak, frisou os "efeitos
devastadores da
pandemia", mas expressou
a convicção de que a
"ajuda chinesa" e o
compromisso do país "em
explorar oportunidades"
no projeto de Pequim de
criar a região da Grande
Baía podem ser uma
resposta ao contexto
económico internacional.
A Grande Baía é um
projeto de Pequim para
criar uma metrópole
mundial que integra Hong
Kong, Macau e nove
cidades da província de
Guangdong (Dongguan,
Foshan, Cantão, Huizhou,
Jiangmen, Shenzhen,
Zhaoqing, Zhongshan e
Zhuhai), com cerca de 70
milhões de habitantes e
um PIB de cerca de 1,2
biliões de euros,
semelhante ao da
Austrália, da Indonésia
e do México, países que
integram o G20.
O Brasil, pela voz do
vice-presidente,
Hamilton Mourão,
preferiu destacar "o
potencial económico" dos
países de língua
portuguesa, "inseridos
em distintos blocos
comerciais", com milhões
de consumidores, países
costeiros, "de recursos
marítimos e minerais",
sendo necessário
continuar a impulsionar
o intercâmbio comercial
e o fluxo de
investimentos.
No final dos discursos
dos representantes dos
países lusófonos, por
mensagens de vídeo, o
ministro do Comércio da
China, Wang Wentao, em
videochamada, manifestou
a convicção de que os
países que integram o
Fórum de Macau "vão
escrever uma nova página
na História".
O chefe do Governo de
Macau, Ho Iat Seng, da
mesma forma, argumentou
que, após a reunião
ministerial, estão
criadas as condições
para se fortalecer "a
promoção da cooperação
entre a China e os
países de língua
portuguesa na área da
saúde, para a promoção
conjunta da recuperação
económica e para a
elevação da coesão e da
influência do Fórum de
Macau".
No final, os
representantes dos
países no Fórum de Macau
aprovaram duas
resoluções conjuntas:
uma em que se aponta
para o reforço da
cooperação e outra que
aprova a entrada da
Guiné Equatorial como
membro, país que faz
parte da Comunidade dos
Países de Língua
Portuguesa desde 2014.
dwcom
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