Presidente são-tomense
diz que pena de morte na
Guiné Equatorial é
quisto para ser cortado
O
Presidente da República
de São Tomé e Príncipe
concordou na ultima
sexta-feira , dia 22 com
o seu homólogo português
relativamente à pena de
morte na Guiné
Equatorial, considerando
que o tema "é um quisto
que deve ser cortado".
"Há um chefe de Estado,
sobretudo, o professor
Marcelo [Rebelo de
Sousa], que diz que
essas questões chamam-se
quistos, e os quistos
cortam-se", disse Carlos
Vila Nova à Lusa.
O Presidente são-tomense
referia-se ao problema
da manutenção da pena de
morte no ordenamento
jurídico da Guiné
Equatorial.
"Há toda uma
sensibilidade do
Presidente Obiang, mas
não depende só dele, as
instituições
democraticamente eleitas
têm um mandato, e esse
assunto encontra-se ao
nível das câmaras, pelo
que me foi dito", disse
o chefe de Estado no
aeroporto internacional
de São Tomé, no regresso
de uma viagem de três
dias à Guiné Equatorial.
"Já passou nas duas
câmaras, e falta apenas
que a tramitação
administrativa chegue ao
nível do Presidente para
[o diploma de abolição
da pena de morte] ser
promulgado, e uma vez
promulgado teremos então
esse assunto
ultrapassado",
acrescentou.
Em causa está a
manutenção no
ordenamento jurídico da
Guiné Equatorial da pena
de morte, que apesar de
não ter sido aplicada
desde que o país aderiu
à Comunidade de Países
de Língua Portuguesa
(CPLP), em 2014,
mantém-se na lei.
"A CPLP foi, no quadro
internacional, um dos
assuntos abordados
longamente, falámos na
perspetiva do que pode
ser a próxima
presidência e também
falámos na efetivação da
admissão da Guiné
Equatorial, algo que nos
interessa a todos",
acrescentou o Presidente
nas declarações à Lusa,
quando o país avalia
assumir a presidência
rotativa da organização.
Na cimeira de Díli, em
2014, em que foi
aprovada a adesão
daquele país à
organização, num
discurso em português,
perante os líderes
lusófonos, o Presidente
da Guiné Equatorial,
Teodoro Obiang, assumiu
o compromisso de
"defender os estatutos"
da CPLP e "atuar
conforme os seus
princípios e objetivos"
e anunciou que aquela
nação falante de
espanhol iria ter, no
ano seguinte, um centro
de estudos
multidisciplinares de
expressão portuguesa
dedicado à comunidade.
A abolição da pena de
morte do ordenamento
jurídico foi um dos
compromissos assumidos
pela Guiné Equatorial
aquando da adesão à CPLP
como membro de pleno
direito, em julho de
2014, mas sete anos
depois, esse passo
continua por cumprir.
A CPLP é composta por
Angola, Brasil, Cabo
Verde, Guiné-Bissau,
Guiné Equatorial,
Moçambique, Portugal,
São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste.
Lusa
O Jornal Tropical é uma pagina de informação
generalista, independente, nacionalista,
vocacionada para a defesa e divulgação da
realidade, fundada em 18 de Junho de 2002.
Octávio Soares responsável deste órgão informativo
sublinhou que o site é altamente dinâmico e
inovador, pensado posicionar em forte
crescimento como um dos mais importantes de São
Tomé e Príncipe partilhando liderança em todas as
frentes da informação sobre politica, economia,
educação, cultura, desporto, bem como aceder as
redes sociais. O Jornal Tropical privilegia
todas as informações relativas ao que se passa em
São Tomé e Príncipe e além fronteira. Director:
Octávio Soares.