Num
comunicado de imprensa,
a Agência Nacional do
Petróleo de São Tomé e
Príncipe (ANP-STP)
referiu que o
navio-sonda Maersk
Voyager, que conduz a
operação, entrou na ZEE
são-tomense no domingo
passado e foi
acompanhado até a
localização do poço 'Jaca'
no bloco 6, pelo navio
patrulha 'Zaire' da
Marinha Portuguesa, que
se encontra em missão de
capacitação marítima da
Guarda Costeira de São
Tomé e Príncipe.
"A
campanha de perfuração
teve início no dia
seguinte [segunda-feira],
sendo que as operações
estão a decorrer dentro
de toda a normalidade",
adiantou o gabinete do
diretor executivo do
diretor da ANP-STP.
O
comunicado cita o
próprio diretor
executivo da ANP-STP,
Luiz Gamboa, que
destacou a operação como
uma "etapa importante"
para a recolha de
informações petrolíferas
na ZEE de São Tomé e
Príncipe.
"O
início da perfuração de
exploração do poço Jaca
marca uma etapa
importante porque
permitirá, pela primeira
vez, a recolha de
informação mais precisa
sobre a nossa ZEE",
referiu Luiz Gamboa.
O
recém-empossado diretor
da ANP-STP adiantou que
"a prioridade do
consórcio constituído
pela Galp, Shell e
ANP-STP é a execução
segura das operações do
Jaca para atingir os
objetivos do poço e
recolher dados de
qualidade para a sua
avaliação."
Em
declarações à Lusa, por
telefone, Luiz Gamboa
precisou que "as
operações vão durar
cerca de 60 dias visando
a colocação dos
equipamentos mínimos
para estabilidade do
furo e serão necessários
mais 45 dias para fazer
o estudo e declarar ou
não a fiabilidade da
zona".
Em
dezembro do ano passado,
a ANP-STP e os
representantes da Shell
e da Galp promoveram uma
ronda de apresentações
aos titulares dos órgãos
de soberania e aos
poderes locais, regional
e à sociedade civil
são-tomense, no sentido
de partilhar as
informações sobre este
projeto, que, segundo o
antigo diretor da
ANP-STP, Olegário Tiny,
é aguardado "com
expetativa" pelos
são-tomenses há mais de
20 anos.
Na
altura, Olegário Tiny
esclareceu que do ponto
de vista financeiro o
início da perfuração não
traduz "nenhum impacto
imediato direto" na
economia do país, mas,
"do ponto de vista de
conhecimento geológico
da área, este primeiro
furo pode ter uma
importância muito grande".
"Cria
uma expetativa, não só
em relação à população e
às autoridades, mas em
relação a todos os
parceiros que estão na
zona", disse o ex-diretor
da ANP-STP, referindo
que "está toda gente à
espera".
Lusa