Lula da Silva anuncia
candidatura presidencial
para “reconstruir” o
Brasil
Lula fala
em gestão “irresponsável
e criminosa” de
Bolsonaro.
O
ex-Presidente brasileiro
Luiz Inácio Lula da
Silva apresentou no
sábado a sua candidatura
às eleições
presidenciais, para as
quais todas as sondagens
o colocam como o
principal favorito à
frente do atual
mandatário, Jair
Bolsonaro.
“É um momento muito
especial na minha vida,
especial por contar com
vocês, por ter
conseguido pela primeira
vez unir todas as forças
políticas progressistas
em torno da minha
campanha”, disse Lula
numa cerimónia num
centro de convenções em
São Paulo, perante cerca
de 4.000 apoiantes.
Lula da Silva justificou
a entrada na corrida
eleitoral para
“reconstruir” o país
após a gestão
“irresponsável e
criminosa” de Jair
Bolsonaro.
“Estamos prontos para
trabalhar não apenas
pela vitória em 2 de
outubro, mas pela
reconstrução e
transformação do Brasil,
que será mais difícil do
que a vitória nas
eleições”, disse Lula,
de 76 anos, que exerceu
dois mandatos
presidenciais entre 2003
e 2010.
O anúncio da candidatura
foi feito no evento
designado “Vamos Juntos
pelo Brasil”, movimento
que junta uma coligação
progressista de esquerda
composta por movimentos
sociais e partidos
políticos que apoiam o
ex-Presidente.
“É um momento muito
especial na minha vida.
Especial por contar com
vocês, por ter
conseguido pela primeira
vez unir todas as forças
políticas progressistas
em torno da minha
campanha“, disse Lula na
cerimónia.
As últimas sondagens dão
a Lula, líder do Partido
dos Trabalhadores (PT),
de esquerda, cerca de
45% das intenções de
voto, face aos 30%
atribuídos a Bolsonaro,
líder da extrema-direita
brasileira.
Com uma enorme bandeira
brasileira ao fundo,
Lula, de fato mas sem
gravata, fez um discurso
em defesa da soberania
do Brasil e da
movimentação social
durante a sua
governação.
“Temos uma causa:
restaurar a soberania do
Brasil“, disse o
ex-Presidente, que
acrescentou que o
Governo Bolsonaro o está
a desmantelar,
“destruindo as políticas
públicas de milhões de
brasileiros”.
No evento, o
ex-governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin, um
veterano político
liberal, católico
fervoroso e que será o
candidato a
vice-Presidente com
Lula, participou por
videoconferência após
testar positivo para a
covid-19.
“Quando Lula me estendeu
a mão, vi naquele gesto
muito mais do que um
sinal de reconciliação
entre dois adversários
históricos, vi um apelo
à razão”, disse Alckmin.
A escolha de Alckmin,
que foi adversário de
Lula nas eleições de
2006, representa um
piscar de olho do
ex-Presidente ao
eleitorado do centro e
um gesto para mostrar
uma imagem de moderação
económica, especialmente
perante os mercados
financeiros.
“Vamos mostrar que
economia e justiça
social não são coisas
opostas“, disse Alckmin.
O Brasil elegerá o
próximo Presidente em 2
outubro, numa consulta
em que também serão
escolhidos os
governadores dos 27
estados do país, membros
das câmaras legislativas
estaduais, e membros da
câmara alta e da câmara
baixa do parlamento.
Lusa
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