Parlamento são-tomense aprova
Orçamento do Estado para 2021 na
generalidade
13.1.
2021
O parlamento são-tomense aprovou
hoje, na generalidade, com 30
votos a favor o Orçamento Geral
do Estado (OGE) e as Grandes
Opções do Plano (GOP) para 2021.
Trinta
votos favoráveis vieram das
bancadas dos partidos que
compõem a chamada 'nova maioria'
(Movimento de Libertação de São
Tomé e Príncipe - Partido Social
Democrata, com 23 deputados, e
coligação PCD-UDD-MDFM, com
cinco) e dos dois eleitos pelo
Movimento de Cidadãos
Independentes. Dos 23 deputados
da Ação Democrática Independente
(ADI, 25 mandatos) que estavam
na plenário no ato de votação,
22 votaram contra e um
absteve-se.
O
primeiro-ministro, Jorge Bom
Jesus (MLSTP), disse, no
encerramento do debate, que a
aprovação do OGE constitui "mais
um passo em frente no caminho do
desenvolvimento de São Tomé e
Príncipe".
"Esse
orçamento é do país, de todos
nós, para todos nós", disse
Jorge Bom Jesus, sublinhando que
"para trás ficam enterrados, com
o ano velho, as amarras e
amarguras do passado recente, os
erros cometidos, as
desconfianças e os recalcamentos
políticos, e uma nova página se
abre".
O chefe do
executivo lembrou que a luta
contra a pandemia de covid-19 é
a "prioridade mor" do seu
Governo, que vê no combate ao
novo coronavírus a "condição
essencial para o início da
indústria de viagens,
relançamento da economia e
geração de emprego".
O líder
parlamentar da ADI, Abnildo de
Oliveira, cuja bancada prometeu
"chumbar" o Orçamento Geral do
Estado, sustentou que a proposta
de Orçamento do Estado não
apresenta medidas para a
recuperação económica do país.
"O nosso
sentido de voto não iria mudar,
por isso votámos contra",
referiu Abnildo de Oliveira,
para quem, "num período de
pandemia, o país precisa de
dotar-se de algumas medidas
excecionais, de um plano de
recuperação económica",
definindo "critério e
prioridades e hierarquizá-los".
"Não
havendo um plano de recuperação
económica, trazer um orçamento
nesta proposta do jeito que este
orçamento apresenta, com medidas
avulsas e paliativas, nós não
sabemos qual é o rumo que o país
vai tomar", lamentou o líder da
bancada da ADI.
A proposta
do Orçamento de Estado para 2021
aprovado hoje começa esta
terça-feira a ser discutida na
especialidade, durante três
dias, também em plenária,
contrariamente aos orçamentos
anteriores, cujas discussões na
especialidade foram feitas nas
comissões especializadas.
A proposta
do Orçamento do Estado para
2021, avaliada em 166 milhões de
dólares (135 milhões de euros),
projeta um crescimento económico
de 5% em 2021.
O orçamento
prevê a arrecadação de receitas
correntes correspondente a 68
milhões de dólares (55 milhões
de euros), dos quais 65 milhões
de dólares (53 milhões de euros)
em receitas fiscais,
correspondente a 14,9% do
Produto Interno Bruto (PIB).
Os
donativos de parceiros estão
avaliados em 74 milhões de
dólares (60 milhões de euros), o
que, de acordo com o Governo,
representa 16,9 % do PIB, sendo
que 53 milhões de dólares (43
milhões de euros) desse valor
serão canalizados para projetos.
Com Lusa