15
.2. 2021As
autoridades de São Tomé e
Príncipe procuram apoio
internacional para responder a
"um recrudescer de atos piratas
de caris violento" nas suas
águas nacionais, com "sinais de
agravamento", segundo um
comunicado divulgado na ultima
semana.
"Constata-se de facto um
recrudescer de atos piratas
de caris violento
nas águas marinhas nacionais",
refere um comunicado da Guarda
Costeira, a que a Lusa teve
acesso.
"O quadro
que se assiste dá sinais de um
agravamento", lê-se na mesma
nota.
A Guarda
Costeira diz ter sido, por isso,
obrigada a
"mover ações concretas junto das
autoridades competentes
nacionais" à procura de apoios
"a nível regional e com
parceiros internacionais".
Este apoio,
de acordo com o comunicado,
destina-se "a que, de forma
rápida e efetiva, São Tomé e
Príncipe possa ser apoiado no
combate a esta praga que ameaça
cortar linhas marítimas de
navegação internacional, assim
como linhas que dão acesso as
ilhas".
As
autoridades referem "incidentes
graves de pirataria
nas águas sob sua jurisdição",
em três dias consecutivos, a
poucas milhas do arquipélago.
"No dia 06
de fevereiro, o navio tanque Sea Phanton foi
vítima de ataque pirata quando
se encontrava a uma distância de
50 milhas náuticas da ilha do
Príncipe e 135 milhas de São
Tomé", explica a Guarda Costeira
são-tomense.
"No dia 08
de fevereiro pelas 06h32m o
Centro de Operações Navais da
Guarda Costeira recebeu nova
comunicação de que uma
embarcação de nome MV Seaking foi
alvo de ataque pirata a 20
milhas do Porto Gentil (Gabão),
tendo o mesmo conseguido escapar
da zona de contacto e observação
dos piratas de forma ilesa",
acrescenta.
De acordo
com o comunicado, 24 horas
depois deste segundo ataque,
ocorreu um terceiro, no dia 09
de fevereiro.
"O navio
tanque com destino a Guiné
Equatorial, a uma distância de
112 milhas de São Tomé também
foi vítima de ataque pirata,
tendo o Centro de Operações
Navais da Guarda Costeira feito
a monitorização e troca de
informações como outros centros
de consciência de Domínio
marítimo da região do Golfo da
Guiné", refere o comunicado.
Segundo a
mesma nota, foi enviado "de
imediato o navio português Zaire
para prestar assistência ao
mesmo e fez acompanhamento e
escolta do navio até fora da
Zona Económica Exclusiva de São
Tomé e Príncipe".
A Guarda
Costeira lembra também outros
incidentes anteriores e
manifesta preocupação com a cada
maior proximidade destes atos de
pirataria da costa são-tomense.
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