Guiné Equatorial: PR são-tomense
manifesta “profunda consternação
e sentida comoção”

10.3. 2021O
Presidente são-tomense
manifestou "profunda
consternação e sentida comoção"
pela "triste notícia" de
"dezenas de mortes e centenas de
feridos", na sequência da
explosão num paiol militar na
Guiné Equatorial, "mergulhando o
país na dor e luto".
Numa
mensagem de condolências enviada
ao seu homólogo da Guiné
Equatorial, Evaristo Carvalho
lamentou a “hora tão difícil"
que o país vizinho atravessa e
expressou, em seu nome pessoal e
do povo são-tomense, "profundo
pesar e solidariedade", a
Teodoro Obiang Nguema Mbasogo.
Ainda na
mensagem, o chefe de Estado
"roga" ao seu homólogo para
transmitir ao povo, governo
equato-guineense e famílias
enlutadas "os sentimentos de
pesar" dos são-tomenses.
Evaristo
Carvalho disse acreditar que as
autoridades do país saberão
"ultrapassar estas horas
difíceis de dor e reerguer-se
com vista a prossecução da luta
contra a pandemia da Covid-19
que assola o mundo, permitindo
assim dar continuidade ao
processo de desenvolvimento,
rumo ao bem-estar do povo da
Guiné Equatorial".
Várias
explosões nos paióis de um
quartel militar, localizado numa
zona residencial da cidade de
Bata, no domingo, causaram a
morte a pelo menos 31 pessoas e
outras 500 a 600 ficaram
feridas, segundo os dados
oficiais mais recentes sobre a
catástrofe, classificada como
acidental pelo chefe de Estado,
Teodoro Obiang.
O
Presidente, que governa este
país da África Central há quase
42 anos, acusou agricultores das
redondezas de terem permitido a
propagação para o quartel de
queimadas mal controladas,
considerando que os soldados que
estavam a guardar o arsenal
foram "negligentes".
Casas e
edifícios ao redor do quartel
ficaram completamente destruídos
e enormes blocos de betão foram
projetados pelas ruas a centenas
de metros, de acordo com imagens
da estação de televisão estatal
TVGE.
Horas
depois do acidente, Teodoro
Obiang pediu a ajuda da
comunidade internacional, e na
manhã de segunda-feira, o
embaixador equato-guineense em
Lisboa formalizou o pedido de
apoio a Portugal e à Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP).
O Governo
português indicou que o apoio à
Guiné Equatorial "será
equacionado em coordenação com a
comunidade internacional,
nomeadamente no quadro das
Nações Unidas e da União
Europeia".
A Guiné
Equatorial, um país rico em
recursos, mas com largas franjas
da população abaixo do limiar da
pobreza, integra a Comunidade de
Países de Língua Portuguesa
(CPLP) desde 2014
Lusa