PR de São Tomé e
Princípe afirma
“determinação sem
limite” para expulsar
“miséria e mediocridade”
O
Presidente de São Tomé e
Príncipe disse que o
país tem de entrar em
2022 com um "querer
genuíno e determinação
sem limite" para
expulsar definitivamente
"a miséria e a
mediocridade" em que
vive hoje
“Épreciso dar o salto
para a modernidade.
Temos de entrar para o
ano de 2022, com outras
perspetivas, com outro
olhar, com otimismo, com
a crença de uma
sociedade melhor, mas
igualmente, com o querer
genuíno e determinação
sem limite, que nos
expulse definitivamente
da miséria e da
mediocridade em que
vivemos hoje”, afirmou
Carlos Vila Nova na sua
primeira mensagem de Ano
Novo como Presidente
daquele país lusófono.
Lembrando que a sua
missão é “essencialmente
um projeto de justiça e
progresso social”, o
Presidente, que tomou
posse em outubro,
salientou que não se
pode contentar “com a
justiça nem com a
proteção social que o
país tem hoje”.
“É preciso reformar a
justiça e reformar o
Estado, reformar as
instituições. Mas
reformar com ambição
(..)” porque hoje “já
não satisfaz ajeitar ou
fazer remendos”,
sublinhou.
Para Carlos Vila Nova,
não há “a mínima dúvida
que o país está
enclausurado numa teia
de corrupção, que de
banal e camuflada passou
a ser aberta, direta e
institucional com
proporções nunca dantes
visto, minando a
estrutura do Estado.”
“Por isso, não poderia
terminar esta minha
intervenção sem falar da
justiça, porque é
imperativo que se ponha
termo à injustiça
reinante”, afirmou.
A corrupção,”sob todas
as suas formas, grandes
e pequenas, as suspeitas
de corrupção, críticas e
denúncias, anónimas e
não anónimas veladas e
abertas”, marcaram 2021,
disse.
“O ano que acaba hoje
foi profundamente
marcado por tudo isso,
sem que tenhamos registo
de um ato sério
vigoroso, decisivo de
combate à corrupção”,
acrescentou.
Assim, “corremos o risco
que ela se enraíze, se
fortaleça, se torne
natural e se
naturalize”, frisou.
Neste cenário, defendeu
também que os
são-tomenses têm de
entrar em 2022 “com um
outro modelo, mais
aberto, mais
simplificado, mais
flexível, mais
congregador e menos
divisionista, para que
cada um possa ter a sua
oportunidade e libertar
as suas energias e
capacidades de criação e
inovação”.
Num discurso que disse
estar a fazer com
“bastante emoção”, não
só por ser o seu
batismo, mas por ser
feito “num momento muito
difícil e complicado”
para o país, o
Presidente fez questão
de expressar a cada uma
das famílias que
perderam os seus entes
queridos, devido às
chuvas torrenciais e
prolongadas que se
abateram sobre a ilha de
São Tomé, as suas
“sentidas condolências”
e assegurou: “toda a
nação está ao vosso lado
neste momento de
bastante dor e
tristeza”.
Além disso, lembrou os
muitos compatriotas e
pessoas espalhadas por
todo o continente
africano e pelo mundo
inteiro que “não podem
celebrar como gostariam,
pelas mais variadas e
absurdas razões”, esta
época festiva.
Para Carlos Vila Nova, o
ano de 2021, à
semelhança do que já foi
o anterior, “foi muito
duro para os
são-tomenses”, com
destaque para “as
tempestades destes
últimos dias,
particularmente as do
dia 28 do mês de
dezembro, com todo o seu
cortejo de danos e
destruições”, que no seu
entender vieram chamar à
atenção para um aspeto
da vida coletiva do país
“muito mal tratado”.
“Os pedidos de socorro
das nossas populações e
da sociedade civil
esbatem-se num muro de
silêncio, quando o nosso
ambiente é deixado à
fúria avassaladora dos
homens, para os quais
não há limites à sua
atuação”, sublinhou.
“O que as mãos dos
homens são capazes de
fazer”, disse,
defendendo que perante o
que viu e ouviu nestes
últimos dias do ano,
quando visitou as
localidades afetadas
pelas inundações “já não
basta reclamar, é
preciso agir
imediatamente e com toda
a força que a Lei nos
permite”. “Não podemos
ser cúmplices dessa
selvajaria”,
acrescentou.
Outro facto que não pode
ser esquecido para
Carlos Vila Nova “é o
número de casos de
violência doméstica,
tanto sob a forma de
ofensas corporais e
morais como sob a forma
de homicídio””.
“A nossa sociedade, bem
como as instituições
vocacionadas, não podem
continuar a tolerar
estes crimes, que não
têm qualquer razão de
ser”, sublinhou.
Para o Presidente, “o
país está literalmente
parado” e “a pandemia
serviu de desculpa para
tudo, incluindo para os
nossos erros e
negligências, bem como
para os nossos humores e
caprichos, que se
traduziram em
inexplicáveis
desperdícios.
“Não podemos continuar a
desperdiçar sobretudo
aquilo que não temos nem
somos capazes de
produzir e de que a
comunidade precisa como
do ar de que respira ”
Pelo menos duas crianças
morreram na ilha de São
Tomé no final desta
semana, na sequência de
inundações causadas por
chuvas intensas que
começaram na
terça-feira, e que
provocaram destruições
de pontes cortes de vias
e vários danos para a
população do país,
incluindo perdas de
casas. (lusa)
O Jornal Tropical é uma pagina de informação
generalista, independente, nacionalista,
vocacionada para a defesa e divulgação da
realidade, fundada em 18 de Junho de 2002.
Octávio Soares responsável deste órgão informativo
sublinhou que o site é altamente dinâmico e
inovador, pensado posicionar em forte
crescimento como um dos mais importantes de São
Tomé e Príncipe partilhando liderança em todas as
frentes da informação sobre politica, economia,
educação, cultura, desporto, bem como aceder as
redes sociais. O Jornal Tropical privilegia
todas as informações relativas ao que se passa em
São Tomé e Príncipe e além fronteira. Director:
Octávio Soares.