“Era o que faltava”.
Costa rejeita pedir
desculpas a antigo
acionista da TAP
Rafael Marchante/Reuters
O
primeiro-ministro
rejeita pedir desculpas
ao antigo acionista da
TAP, David Neeleman,
depois de ter dito que a
companhia aérea teria
“ido para o buraco” com
o norte-americano ao
leme.
“Era o que faltava”,
disse António Costa em
campanha no Funchal,
depois de David Neelamn
ter exigido um pedido de
desculpas ao
primeiro-ministro,
considerando que “faltou
à verdade” com
declarações que afetaram
o seu “nome e
reputação”.
Neeleman disse que
“desde o início” da sua
carreira teve “a
oportunidade de criar
cinco empresas de
aviação em diferentes
países como os Estados
Unidos da América,
Canadá e Brasil” e que,
“apesar de nos dois
últimos anos a indústria
da aviação ter passado
pela sua maior crise de
sempre [devido à
pandemia de covid-19],
nenhuma dessas empresas
foi à falência nem foi
sujeita a qualquer tipo
de intervenção similar
até à presente data”,
segundo comunicado do
empresário citado pela
“Lusa”.
“Ao contrário do que o
Dr. António Costa disse
nesse debate, todas as
empresas de aviação que
fundei foram e continuam
a ser projetos de grande
sucesso com valorizações
consideráveis para os
seus `stakeholders`,
tendo demonstrado ser
sustentáveis e
resilientes o suficiente
para sobreviver neste
cenário de crise”,
segundo o antigo
acionista.
O norte-americano refere
também que “há muita
informação sobre essas
empresas, desde logo por
serem cotadas”,
lembrando que é, por
isso, “dispensável estar
a detalhar a situação de
cada uma delas”, mas
refere algumas notícias
nas quais destaca “os
enormes sucessos” da Jet
Blue e da Azul e do mais
recente projeto nos
Estados Unidos da
América, a Breeze, que
“iniciou atividade em
plena pandemia”.
“É com surpresa que noto
que o Dr. António Costa
entende que eu não sou
merecedor de `confiança`”,
rematou.
As declarações iniciais
de Costa tiveram lugar
no debate com o líder do
PSD a 13 de janeiro.
“Comprámos [a TAP] para
prevenir precisamente
que aquele privado que
lá estava e que não
merecia confiança, não
daria cabo da TAP no dia
em que fosse à falência.
Em 2020, as empresas do
senhor Neeleman foram
caindo em todo o mundo”,
afirmou então o
primeiro-ministro.
Em resposta, Rui Rio
defendeu a privatização
da TAP o mais “depressa
possível”, por prestar
um serviço
“absolutamente
indecente”.
Recorde-se que David
Neeleman detinha 45% do
capital da TAP. O Estado
português comprou a sua
participação em outubro
de 2020 por 55 milhões
de euros.
jornaleconomico
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