São Tomé e Príncipe
validou quinta-feira, 3
a sua estratégia
nacional para o controlo
do tabagismo visando a
aplicação da convenção
do controlo do tabaco da
Organização Mundial da
Saúde e a redução das
mortes prematuras por
doenças não
transmissíveis no país.
AConvenção-Quadro da
Organização Mundial da
Saúde (OMS) para o
Controlo do Tabaco foi
ratificada por São Tomé
e Príncipe em 2006. Em
agosto do ano passado o
país iniciou o processo
de avaliação do
progresso de aplicação
desta convenção e das
necessidades para adoção
do documento que foi
hoje validado.
"A nossa maior
satisfação é ver o nosso
país aplicar devidamente
esta convenção quadro
podendo ver no futuro
São Tomé e Príncipe
livre do uso do tabaco e
das suas nefastas
consequências", afirmou
a representante interina
da OMS em São Tomé e
Príncipe, Claudina Cruz.
A representante da OMS
realçou que "a validação
e a implementação da
estratégia nacional para
o controlo do tabagismo
irá repercutir
positivamente na saúde
da população de São Tomé
e Príncipe" por isso é
"sublimemente apoiada
pela Organização Mundial
da Saúde".
Segundo Claudina Cruz,
uma pesquisa realizada
em São Tomé e Príncipe
em 2019 concluiu que
"4,7% da população
estudada atualmente fuma
cigarros ou algum
produto do tabaco",
sendo que 47% "dizem que
fumam diariamente",
sendo que "a idade média
de início do uso do
tabaco é de 19,7 anos, e
a duração média é de
21,3 anos".
A representante da OMS
acrescentou que de
acordo com resultados do
estudo "89,9% da
população de 18 a 69
anos está exposta a um
ou mais fatores de risco
que levam a doenças não
transmissíveis", sendo
estas "as principais
causas de mortalidade e
morbidade no país".
"O tabagismo, o
sedentarismo, o uso
nocivo de álcool e as
dietas não saudáveis
aumentam o risco de
morte por doenças não
transmissíveis", referiu
Claudina Cruz,
acrescentando que "a
epidemia do tabaco é uma
das maiores ameaças à
saúde pública que o
mundo já enfrentou,
matando mais de 8
milhões de pessoas a
cada ano", sendo que
mais de 7 milhões são
consumidores ou
ex-consumidores, e cerca
de 1,2 milhão são não
fumadores expostos
involuntariamente ao
fumo.
"Embora São Tomé e
Príncipe também esteja
fazendo bons progressos
na luta contra as
doenças transmissíveis,
por exemplo, a
perspetiva de eliminação
da malária e uma taxa de
cobertura de vacinação
entre as mais altas do
continente, o fardo das
doenças não
transmissíveis é
particularmente alto e
observa um declínio em
certos indicadores de
longo prazo", referiu a
representante da OMS.