São Tomé e Príncipe
inicia semana de
transição para a
economia azul com apoio
da FAO
O Presidente
são-tomense, Carlos Vila
Nova, sublinhou que a
transição para a
economia azul poderá
proporcionar ao país
recursos que facilitarão
a erradicação da
pobreza, a eliminação da
fome e melhoria do
bem-estar da população.
"O PIB [Produto Interno
Bruto] potencial da
economia azul poderá nos
proporcionar recursos
que nos facilitarão a
erradicação da pobreza,
a eliminação da fome, a
promoção de uma boa
saúde e bem-estar e
educação de qualidade
que de forma natural nos
conduza igualmente à
igualdade do género",
afirmou Carlos Vila
Nova, na abertura da
primeira semana nacional
da economia azul.
Para o chefe de Estado,
a realização desta
semana, que conta com o
apoio da Organização das
Nações Unidas para
Alimentação e
Agricultura (FAO, na
sigla inglesa), "marca o
compromisso do país em
continuar o processo de
transição da sua
economia tradicional
para a economia azul, a
fim de harmonizar a
proteção dos
ecossistemas oceânicos e
potenciar o crescimento
económico".
Vila Nova acrescentou
outras vantagens como "o
desenvolvimento e a
melhoria das condições
dos meios de
subsistência das
populações através da
criação de novos
empregos, o aumento da
riqueza e dos
rendimentos dos jovens e
das mulheres envolvidas
na valorização dos
serviços prestados pelos
ecossistemas marinhos".
O Presidente
sublinhou que as
atividades desenvolvidas
devem permitir ao maior
número de atores
económicos e sociais,
políticos e
institucionais
"partilhar os conceitos
que regem a economia
azul e apropriar-se das
questões comuns que o
Governo terá de adotar"
para melhorar a
economia, o bem-estar e
a atratividade do país.
Segundo o chefe de
Estado, é também uma
oportunidade para
"compreender melhor
certos instrumentos
necessários para a essa
transformação" nos
setores-chave da
economia nacional, "que
são a exploração dos
recursos vivos, minerais
e fósseis, dos oceanos",
incluindo a atratividade
do país para o turismo,
a criação de energias
renováveis, o
desenvolvimento de vias
de comunicação nacionais
e internacionais, e o
fornecimento de
infraestruturas seguras
para enfrentar o desafio
climático e a
concentração de
populações no litoral.
"Também é necessário que
tenhamos como objetivo
uma economia azul
sustentável. Não aquela
que visa a exploração
máxima dos recursos, mas
sim a que almeja a
satisfação da procura
interna e externa até ao
nível potencial que não
impõe a deterioração dos
ecossistemas marinhos,
por forma a mitigar os
efeitos das alterações
climáticas, através das
nossas ações imediatas",
defendeu Carlos Vila
Nova.
Segundo o ministro das
Finanças, Engrácio
Graça, durante esta
semana será apresentada
a estratégia nacional de
transição para a
economia azul, o quadro
institucional de
pilotagem, as
oportunidades de
financiamento, o roteiro
das ações de pilotagem e
as necessidades de
investimento para
financiar os projetos
prioritários.
"Esta estratégia de
transição rumo à
economia azul insta as
autoridades nacionais a
mudar de paradigma e
cultivar uma consciência
estratégica que dita o
Governo, e não só, a
assumir a
responsabilidade de
desenvolver a economia
azul, procedendo as
reformas e escolhas
estratégicas
recomendadas assentes em
reformar a governação
económica setorial",
precisou o ministro das
Finanças.
"Com a potencialização
de recursos da economia
azul, São Tomé e
Príncipe deixará de ser
um pequeno Estado
insular,
transformando-se numa
grande nação oceânica,
ombreando com gigantes
da economia africana",
afirmou o diretor
sub-regional da FAO para
África Central, Hélder
Muteia.
O responsável assegurou
que a organização
continua confiante
"sobre o potencial da
economia azul e do seu
papel crucial na
recuperação económica,
tendo em conta o
crescente aumento da
demanda previsto para os
próximos meses".
(In Lusa)
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