Transportadora gabonesa
Afrijet suspende voos
para São Tomé por tempo
indeterminado
A
transportadora gabonesa
Afrijet suspendeu os
voos para São Tomé
alegando "clima
operacional deteriorado
e hostil" e "declarações
caluniosas" da Empresa
Nacional de Aeroportos e
Segurança Aérea do país,
após apreensão de uma
das suas aeronaves.
"As condições de
segurança e proteção na
plataforma de São Tomé,
assim como um clima
hostil do aeroporto em
relação ao nosso
pessoal, nos levam a
suspender 'sine die' o
serviço para São Tomé
após seis anos de
operações", lê-se num
comunicado da empresa
gabonesa hoje divulgado.
A empresa refere que
"apesar dos vários
incidentes ocorridos
desde 2019 na plataforma
de São Tomé e do
agravamento do clima
comercial, a Afrijet
optou por continuar suas
operações para atender
seus clientes", sendo
uma das três últimas
empresas estrangeiras a
continuar a servir o
país "com regularidade e
confiabilidade".
Na segunda-feira, o
presidente da comissão
de cobranças de dívidas
da Empresa Nacional de
Aeroportos e Segurança
Aérea (ENASA), Arlindo
Fernandes, anunciou a
apreensão, no domingo,
de uma aeronave da
Afrijet por dívidas de
mais de 200 mil dólares
(182 mil euros) de taxas
aeroportuárias
acumuladas desde 2016,
nomeadamente taxas de
aterragem e escalas, e
"valores de taxas de
passageiro e taxa de
segurança que passaram
para os bilhetes de
passagem" pagos pelos
viajantes.
"As companhias aéreas
devem transferir esses
valores mensalmente para
a empresa [ENASA].
Acontece que a Afrijet
nunca devolveu esses
valores e já está com
uma dívida de mais de
200 mil dólares",
explicou Arlindo
Fernandes, em
declarações à Rádio
Nacional são-tomense.
Após o pagamento de
cerca de 55 mil euros,
correspondente a cerca
de 40% da dívida a ENASA
autorizou a saída do
país da aeronave da
Afrijet, sob a promessa
de continuar as
negociações na
quinta-feira.
"Os recentes eventos e
declarações caluniosas
feitas contra a empresa
gabonesa por
funcionários da ENASA
nos levam a acreditar
que não podemos mais
cumprir esta missão [de
ligação aérea] em paz",
refere-se no comunicado
da Afrijet, sem qualquer
referência ao valor da
dívida revelada pela
ENASA.
Contactado pela Lusa, o
presidente da comissão
de cobrança de dívidas
da ENASA disse que, até
ao momento, a empresa
não foi informada da
decisão da Afrijet de
suspender a rota para
São Tomé.
A Afrijet operava dois
voos semanais entre São
Tomé, Libreville e
Doula.
(In Lusa)
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