Covid-19: Vice-presidente
angolano diz que pandemia
condiciona cooperação com São
Tomé
25.
11.2020
O
vice-presidente angolano disse
hoje que a cooperação entre
Luanda e São Tomé está
"condicionada" pela pandemia de
covid-19, garantindo que "logo
que haja condições" serão
implementados "um conjunto de
programas" que vão reforçar essa
relação.
Bornito de
Sousa, que se deslocou à capital
são-tomense para participar no
funeral do antigo
vice-presidente do parlamento
são-tomense, Alcino Pinto, foi
portador de uma mensagem do
Presidente angolano, João
Lourenço, ao seu homólogo
são-tomense, Evaristo Carvalho.
"Devo
apenas referir que de um maneira
geral, [a mensagem] destaca a
elevação e a importância da
cooperação entre os dois países
e povos que, naturalmente, está
condicionada pela pandemia de
covid-19, mas tão logo haja
condições, há um conjunto de
programas e canais que devem ser
implementados no sentido desse
reforço da cooperação entre os
dois povos e governos", disse o
governante angolano.
O
responsável destacou as relações
exteriores, o setor energético e
o transporte aéreo como as áreas
onde se destaca a cooperação
entre Luanda e São Tomé.
O
vice-presidente de Angola, que
regressou ainda hoje ao seu
país, teve encontros com o
primeiro-ministro, Jorge Bom
Jesus, e com o presidente da
Assembleia Nacional, Delfim
Neves, e foi recebido em
audiência pelo Presidente
são-tomense.
"O objetivo
principal foi fazermos a entrega
de uma mensagem de sua
excelência, o Presidente da
República de Angola, João
Lourenço, no sentido de
transmitir a solidariedade entre
os dois povos e os dois
governos", explicou à imprensa,
no final do encontro com
Evaristo Carvalho, no Morro da
Trindade, a cerca de dez
quilómetros da capital, onde o
chefe de Estado se encontra em
convalescença depois de ter sido
submetido a uma intervenção
cirírgica no Hospital Militar,
em Lisboa.
O
vice-presidente angolano
deslocou-se à capital
são-tomense, chefiando uma
delegação do seu país, para
participar no funeral do antigo
vice-presidente da Assembleia
Nacional de São Tomé e Príncipe,
Alcino Pinto, que faleceu na
quinta-feira vítima de paragem
cardiovascular.
"Foi uma
entidade transversalmente
reconhecida ao nível do nosso
país como sendo alguém do
consenso, que procurava união de
todas as forças políticas",
referiu Bornito de Sousa,
recordando que Alcino Pinto foi
um dirigente juvenil na mesma
altura em que era também
dirigente juvenil em Angola,
pelo que os dois tinham uma
"relação particular".