Covid-19: Governo são-tomense
prorroga a situação de
calamidade por mais 15 dias

2.
12.2020
O Governo são-tomense prorrogou
hoje até 15 de dezembro a
situação de calamidade no país,
justificando que é preciso
"continuar a estabelecer um
equilíbrio entre as medidas de
âmbito sanitário e a necessidade
da retoma económica".
Segundo um
comunicado hoje divulgado, todas
a medidas de restrição já
decretadas anteriormente
manter-se-ão em vigor até 15 de
Dezembro, nomeadamente, o uso
obrigatório de máscaras em
espaços fechados, recintos
escolares e nas viaturas
públicas e privadas.
A obrigação
de higienização das mãos antes
da entrada nas instituições
públicas e privadas de acesso
público, a apresentação de teste
de PCR negativo para as viagens
internacionais, nos dois
sentidos, para todos os cidadãos
nacionais e estrangeiros,
contam-se também entre estas
medidas.
Os testes
rápidos para as deslocações
entre as duas ilhas passa a ser
obrigatório a realização dos
testes rápidos apenas no sentido
São Tomé/Príncipe.
A prática
dos desportos coletivos e a
realização de festas populares
continuarão proibidas, por serem
consideradas atividades com alto
risco de contágio.
O Governo
refere ainda em comunicado que
todas estas medidas serão
regulamentadas por decreto-lei e
haverá um "reforço das equipas
de fiscalização e de patrulha
das forças de segurança, no
sentido de contribuir” para o
seu cumprimento.
"Aos
infratores serão aplicadas as
correspondentes coimas e, em
caso de reincidência, as
autoridades competentes deverão
apurar as eventuais práticas de
infração administrativa
previstas na Lei",
enquadrando-as como "crimes
contra a saúde publica e de
desobediência, ambos previstos
no Código Penal".
No
comunicado, o Governo "orienta"
a Rádio e a Televisão públicas"
a intensificar a divulgação
dessas medidas e a promover
campanhas de sensibilização para
que a população fique cada vez
mais consciente dos riscos que a
pandemia de covid-19 ainda
representa para o país".
Esta é a
segunda prorrogação do estado de
calamidade em São Tomé e
Príncipe. A primeira foi de 30
dias e esta é para 15 dias.
Em África,
há 51.915 mortos confirmados em
mais de 2,1 milhões de infetados
em 55 países, segundo as
estatísticas mais recentes sobre
a pandemia no continente.
Angola
regista 348 óbitos e 15.139
casos, seguindo-se Moçambique
(131 mortos e 15.701 casos),
Cabo Verde (105 mortos e 10.761
casos), Guiné Equatorial (85
mortos e 5.146 casos),
Guiné-Bissau (44 mortos e 2.441
casos) e São Tomé e Príncipe (17
mortos e 991 casos).
O Brasil é
o país lusófono mais afetado
pela pandemia e um dos mais
atingidos no mundo, ao
contabilizar o segundo maior
número de mortos (mais de 6,3
milhões de casos e 173.120
óbitos), depois dos Estados
Unidos.
Com Lusa