São Tomé e Príncipe
voltou a investigar este
caso que envolveu
nomeadamente a China
Sonangol.
São Tomé
e Príncipe voltou a
investigar este caso que
envolveu nomeadamente a
China Sonangol.
Texto por:Maximino
Carlos
Começaram os
trabalhos da comissão
parlamentar
especializada que foi
recentemente criada para
investigar o "caso dos
30 milhões" de Dólares,
valor do empréstimo
contraído pelo país
junto de Angola durante
o mandato do
ex-primeiro-ministro
Patrice Trovoada. Apesar
de este caso de alegado
branqueamento de
capitais e corrupção ter
sido arquivado em 2019,
depois de o Ministério
Público considerar que
não existiam indícios
suficientes de
irregularidades, o
dossier foi recentemente
relançado.
No
sentido de reavaliar o
caso, o parlamento
auscultou esta
terça-feira, Kelve Nobre
de Carvalho,
Procurador-Geral da
República para obter
mais esclarecimentos
sobre as circunstâncias
do arquivamento deste
dossier, os deputados
aguardando os resultados
da inspecção externa
sobre este caso.
Segundo o Presidente da
primeira comissão
especializada, Raul
Cardoso, as explicações
do Procurador-Geral
sobre os motivos do
arquivamento do processo
foram "convincentes" mas
os parlamentares ainda
aguardam os resultados
da inspecção externa. "O
Procurador disse-nos -e
muito bem- que é um
processo complexo e é um
processo sobre o qual o
Ministério Público já
solicitou uma inspecção
externa", disse Raul
Cardoso.
Embora o processo tenha
sido arquivado, segundo
Raul Cardoso, há
questões financeiras
sobre as quais caberá
também ao Tribunal de
Contas se pronunciar. "À
parte de alguns crimes
que de certeza foram
cometidos, esta parte
mais de carácter
financeiro caberá ao
Tribunal de Contas
também ajudar-nos a
entender", considerou o
parlamentar.
Recorde-se que em 2019,
foi apresentada uma
queixa-crime contra
contra Américo Ramos,
antigo Ministro das
Finanças de Patrice
Trovoada, que foi quem
subscreveu o referido do
acordo de 30 milhões de
Dólares, um empréstimo
feito junto de Angola do
qual apenas se encontrou
o rasto de 10 milhões de
Dólares depositados num
banco em Portugal.
Este caso em que havia
suspeita de corrupção e
branqueamento de
capitais em torno das
empresas China/Sonangol
e China International
Fund - CIF- que foram
parceiras do governo de
então, acabou por ser
arquivado "por falta de
provas" em 2019.
De
há uns meses para cá, no
entanto, o caso voltou a
ser notícia em alguns
órgãos angolanos,
nomeadamente o "Maka
Angola" do activista
Rafael Marques que
aludia ao caso como
sendo "a dívida oculta
de São Tomé e Príncipe",
sendo que algumas hostes
políticas e judiciais
são-tomenses pretendem
agora que o assunto seja
esclarecido.