ão
Tomé e Príncipe registou
um óbito e 769 casos da
dengue, registando
atualmente "uma fase
aguda" da doença com 100
casos ativos em todo o
país, disse hoje à Lusa
a porta-voz do
Ministério da Saúde.
"Infelizmente nós
tivemos um óbito há mais
ou menos um mês de um
senhor do distrito de
Mé-Zóchi, de faixa
etária dos 60 anos, que
tinha comorbidade",
disse a epidemiologista Bakissy
Pina, sublinhando que
existem "dois casos de
dengue hemorrágica no
Hospital Central".
Dos
casos acumulados, o
distrito de Água Grande
teve o maior registo
atingindo 565 casos.
"Nós estamos na fase
aguda, em que todos os
dias temos registos de
casos", explicou a
especialista, referindo
que o país tem uma taxa
de TAC (tomografia axial
computorizada) de 35,1
por 10 mil habitantes,
com maior registo em
"crianças na faixa
etária dos 10 anos".
No
entanto, tendo em conta
que o país está na época
seca, Bakissy Pina
admite que "a tendência
pode ser de diminuição",
mas poderá ter uma
segunda vaga a partir de
setembro quando chegar a
época chuvosa.
"Se
nós não tomarmos as
medidas preventivas
agora, nós teremos um
problema maior em
setembro ou em outubro
[...] é necessário
eliminar todos os
criadores temporários",
apelou.
Por
outro lado, a porta-voz
do Ministério da Saúde
pediu à população que
"não se automediquem",
realçando que a dengue
não é como a covid-19,
em que muitos optavam
por tomar alguns chás
tradicionais sem
recomendação médica.
"Se
tiver sintomas como
febre, dores de cabeça
intensa vá a um centro
de saúde, não fique em
casa para não haver
complicações", exortou.
Bakysse Pina afirmou que
"a dengue é uma coisa
nova" no país, mas com o
apoio dos parceiros,
principalmente da
Organização Mundial da
Saúde (OMS) as
autoridades estão a
conseguir dar resposta.
Além dos profissionais
são-tomenses, estão no
país um consultor de
comunicação de risco e
engajamento comunitário,
ontologistas,
epidemiologistas, e
outros especialistas
internacionais que
integram as equipas de
combate à dengue em São
Tomé e Príncipe, no
âmbito da cooperação
internacional que
incluiu o apoio de
testes de despistagem da
dengue e material de
laboratórios.
O
surto da dengue foi
oficialmente declarado
em São Tomé e Príncipe
em 04 de maio pela
ministra da Saúde,
Filomena Monteiro.
Na
altura, Filomena
Monteiro referiu que
face "à gravidade da
situação" o Governo
apela à "colaboração
responsável da
população, dos setores
da vida nacional, aos
parceiros nacionais e
internacionais" na
adoção de medidas de
prevenção da dengue.
(In
Lusa)