Sissoco acusa jornalistas de serem da “oposição” e ameaça acabar com “analistas políticos”

user 24-Jan-2024 Anúncio

LUSA

Mosquitos geneticamente modificados poderão ser libertados este ano em São Tomé e Príncipe para o combate ao paludismo de acordo, com os “resultados científicos” do projeto da Universidade da Califórnia Iniciativa Contra a Malária (UCMI) que será submetido ao Governo.

“Estamos em fase bastante avançada que nos permite começar a trabalhar numa proposta de libertação experimental do mosquito modificado […] estamos a finalizar o estudo, temos equipa de engajamento no terreno, as infraestruturas estão criadas, os estudantes e recursos humanos estão a ser treinados”, disse gestor de campo da UCMI, João Pinto.

O responsável disse que após dois anos e meio, o projeto está “em fase avançada” e iniciou a segunda fase “que implicaria um estudo experimental de libertação do mosquito modificado, seguido de uma fase de monitorização durante quatro ou cinco anos”.

Para isso está a ser elaborado um plano de libertação dos mosquitos que será apresentado ao Governo são-tomense durante o mês de março, ficando dependente da aprovação pelo executivo.

“Nós temos todo uma série de resultados científicos que nos permitem precisamente fazer esse plano de libertação”, assegurou João Pinto.

Até a conclusão do plano, a UCMI vai finalizar outros estudos da “bioecologia do mosquito” que transmite o paludismo em São Tomé e Príncipe para conhecer, nomeadamente o tamanho da população, a distância média que percorre entre as localidades, os hospedeiros que gosta mais de se alimentar e outros aspetos comportamentais.

“Todo esse estudo está a ser feito, nós temos resultados e esses resultados servem para nós podermos prever como é que vai ser a libertação do mosquito, mas também ajuda o próprio programa nacional de luta contra o paludismo a compreender melhor o mosquito”, precisou João Pinto.

O ministro do Trabalho e Solidariedade, Celsio Junqueira, que representou a ministra da Saúde, na apresentação de um documentário da UCMI sobre a primeira fase do projeto, apontou a iniciativa como “uma das propostas” que o executivo tem “para o combate ao paludismo” em São Tomé e Príncipe.

Celsio Junqueira sublinhou que o combate ao paludismo tem sido feito com “um esforço bastante titânico” pelo executivo, sendo um dos “objetivos para o arranque” da “aposta no turismo”.

De acordo com o plano de luta contra o paludismo, as autoridades são-tomense preveem eliminar a doença até 2030.

 

 

 

 

 


 

Guiné-Bissau: Sissoco acusa jornalistas de serem da “oposição” e ameaça acabar com “analistas políticos”

O Presidente da Guiné-Bissau considera que os jornalistas são da “oposição” e ameaça acabar com as entrevistas a “analistas políticos” sobre a situação política do país. Diz Umaro Sissoco Embaló que os jornalistas “têm responsabilidades” na imagem do país e que “não devem transmitir só o que é mau”.

Na avenida Amílcar Cabral, após a inauguração da reabilitação da avenida, o chefe de Estado guineense virou as baterias para os profissionais da comunicação social, “penso que vocês são todos da oposição”, considerou que os “jornalistas devem ter liberdade” mas “ninguém tem direito de mentir” nem “devem alugar pessoas para insultar os outros”.

Sissoco Embaló criticou também a audição de analistas sobre a situação política do país, sublinhando que essa prática não é corrente noutros países, “seja Angola, Moçambique, São Tomé ou Senegal” e diz que vai acabar com essa “anarquia”.

Todos os jornalistas que aqui estão poderíamos pensar que são todos da oposição. 

Podem ver televisão de Angola, Moçambique, São Tomé, em toda a parte, Senegal: não vão ver jornalistas a correr a ouvir pessoas que dizem que são analistas políticos, pessoas que não conseguem analisar nem a própria cabeça, mas dizem que são analistas políticos. 

É só na Guiné-Bissau, mas essa desordem vai acabar.

Essa anarquia, vamos aos poucos [acabar com ela], mas esse país tem de ser respeitado. 

Mas infelizmente são os próprios filhos da Guiné que têm esse complexo, mas porquê? Fizemos uma luta de libertação brilhante, os outros seguiram o nosso exemplo para serem independentes.

Quando é que se vê na France 24 o que a RTP aqui faz? Vai à procura de qualquer um e diz que é analista político. Só na RTP e só na Guiné-Bissau, mas vamos acabar com isso.

O chefe de Estado da Guiné-Bissau dirigiu-se ainda aos guineenses da diáspora, aos que falam mal da Guiné-Bissau, lembrando que quando voltarem ao país terão à espera deles Botche Candé, o ministro do Interior.

Por:Cristiana Soares com Lusa

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