João Nazaré empossado como novo bispo da Diocese de São Tomé e Príncipe

Por LUSA

O padre João de Ceita Nazaré tornou-se no primeiro bispo são-tomense a assumir a liderança da Diocese de São Tomé e Príncipe, numa missa campal que reuniu líderes religiosos e políticos na capital do país.

João Nazaré, de 50 anos, é primeiro são-tomense a ser ordenado bispo, após mais de cinco séculos da presença do cristianismo no arquipélago.

“Serei bispo para todo o povo de Deus de São Tomé e Príncipe, procurarei ir à frente como pastor, apontando o caminho, indicando o caminho no Espírito Santo, na força do Espírito Santo, com a força do Espírito Santo, na presença do Espírito Santo. Procurarei ir no meio de vós, para sentir, para vos escutar, para estar convosco”, prometeu, na cerimónia em São Tomé.

O novo líder da Igreja Católica no país prometeu seguir atrás de quem se sentir “desanimado, desorientado, envergonhado, triste”, para ajudar as pessoas a reerguerem-se.

João Nazaré exercia as funções de vigário-geral da diocese e pároco da Sé Catedral de São Tomé. Foi ordenado sacerdote em 2006, após estudos filosóficos e teológicos na Universidade Católica, em Portugal.

A missa de ordenação do novo bispo contou com a presença de dezenas de representantes católicos (bispos, arcebispos e sacerdotes de Angola, Cabo Verde e Portugal) e de centenas de fiéis, bem como do Presidente são-tomense, do primeiro-ministro, de membros do Governo e presidentes de tribunais.

O chefe de Estado, Carlos Vila Nova, considerou tratar-se de uma cerimónia “de muita satisfação, felicidade, orgulho e de muita emoção” para a comunidade católica e para São Tomé e Príncipe, sobretudo por se tratar da ordenação do primeiro bispo natural do país.

“Se esperámos centenas de anos, se o momento é hoje, o que importa é o que aconteceu. Essa espera foi a vontade de Deus e aconteceu, e agora começa outra etapa”, afirmou, sublinhando que toda a comunidade irá apoiar o novo responsável na sua missão.

O padre João Nazaré foi nomeado o bispo em 09 de janeiro deste ano pelo Papa Francisco, após a renúncia de Manuel António dos Santos, que dirigiu os destinos da Igreja Católica em São Tomé e Príncipe durante quase 16 anos.