Progressos
significativos foram realizados na luta
contra o Sida

07.12.2014 -
Progressos
significativos foram realizados na luta
contra o Sida, garantiu o Director Geral da
OMS para África, numa mensagem alusiva ao
dia mundial de luta contra esta epidemia.
De acordo
com o director geral da OMS para África,
Luis Sambo, na África subsariana, a zona do
mundo mais afectada pela pandemia do VIH,
vivem quase vinte e cinco milhões de pessoas
com o sida. Nove em dez crianças que vivem
com o VIH em todo mundo
encontram-se na África subsariana.
O impacto negativo da doença é evidente, já
que afecta todos os domínios da vida. A
medida que os pais e os trabalhadores
sucumbem as doenças relacionadas com o VIH,
as estruturas e a divisão do trabalho nos
agregados familiares e nas comunidades
entram em colapso e o dia-a-dia é afectado,
sendo as mulheres quem acaba por arcar com a
maior parte das dificuldades.
No entanto, realizaram-se progressos
significativos na luta contra o VIH/SIDA na
região africana. Os óbitos relacionados com
o VIH, a semelhança do número de novas
infecções por VIH nos adultos e crianças,
têm vindo a diminuir. Hoje em dia, há mais
pessoas do que nunca a receber terapêutica
anti-retroviral, elevando o aumento do
acesso ao tratamento para o VIH.
O número de pessoas que morrem de doenças
relacionadas com a Sida diminuiu.
Esta conquista, segundo o director-geral da
OMS para África, foi realizada, graças à
responsabilidade e solidariedades
partilhadas dos governos africanos e de
muitos parceiros, através de investimentos
financeiros significativos na resposta ao
VIH/Sida.
Os fármacos e as matérias-primas tornaram-se
mais acessíveis em todos os países, as
formas de prestação dos serviços foram
alargadas, o activismo promoveu a
visibilidade da epidemia do sida e,
crucialmente, as pessoas que vivem com o VIH/SIDA
têm estado na dianteira da resposta.
Avançou ainda, Luís Sambo que os progressos
contínuos registados até ao momento dá
esperança de que se pode vencer a batalha
contra o VIH. Não obstante, é preciso fazer
muito mais para colmatar as lacunas
significativas que ainda persistem. A
maioria das pessoas da região desconhece o
seu estado serológico para o VIH, o que
sublinha a importância de se alargar a
disponibilidade dos testes do VIH/SIDA.
O acesso à prevenção e tratamento do VIH
continua a não ser adequado, sobretudo para
muitas crianças e populações de alto risco
que estão, deste modo, a ser deixadas para
trás. Uma percentagem importante da
população ainda abandona o tratamento e
muitos dos programas nacionais para o VIH na
região dependem grandemente de financiamento
internacional.
O Director Geral da OMS para África
aproveitou por último e exortou os países a
colmatarem estas lacunas e a darem
prioridade ao investimento de mais recursos
para ajudar a alargar os esforços de
prevenção do VIH.
Segundo Luís Sambo, é fundamental eliminar
as desigualdades e os obstáculos no acesso
aos serviços para o VIH, promover o teste do
VIH para todos e seguir as orientações da
OMS relativas à prestação de terapêutica
anti-retroviral precoce para as pessoas que
vivem com o VIH/SIDA.
Aleta ainda para que haja interrupções no
abastecimento de medicamentos com vista a
melhorar a adesão dos doentes, e reduzir a
resistência aos fármacos. Por tudo isso, o
director Geral da OMS para África lançou um
apelo a todos os países e parceiros para
manterem e reforçarem a solidariedade na
luta contra o VIH/SIDA na região africana.
Fim/Genisvaldo Nascimento