Pós-graduações
Número máximo de admissões : – 25
Regulamento [pdf]
Apresentação
Catástrofes, crises e acidentes, de origem natural,
humana ou tecnológica, exigem um sólido domínio de segurança dos sistemas
de controle e de vigilância, perante a sua regularidade crescente e, por isso,
representam um complexo e difícil desafio às sociedades e às suas Instituições.
Esse desafio, por tão perturbador, também se relaciona com uma investigação
como prática frequente e com inovação constante.
De tal forma que, por aprendizagem, supera a natureza
complexa dos eventos e o papel das suas causas, das cascatas de falhas
humanas e tecnológicas, da quebra de segurança ou mesmo do papel da prevenção e
da análise e avaliação de anomalias. Erros de gestão do risco e de operações,
falhas nas políticas públicas, materiais e equipamentos deficientes, pressões
de custos de obras, ausência de análise das anomalias e burocracia, são outras
patologias dos nossos sistemas sociotécnicos a ter em conta.
Os casos dos incêndios de Pedrógão, as cheias do Mondego, os
deslizamentos de terra na Madeira, o acidente marítimo em Portimão, a queda de
aeronave em Foz Côa e o ciberataque à Vodafone, são bem reveladores disso.
Trata-se de evidências da necessidade de se abrir imperativa e completamente a
caixa preta das catástrofes, das crises e dos acidentes, ao
mostrarem-se como eventos de elevado impacto e de alta probabilidade de retorno,
no tempo da incerteza e do risco com que temos de contemporizar.
Tal como em eventos a nível global que, pelo sistema
acoplado em que as sociedades se encontram, devemos confiar que também na nossa
o colapso pode ocorrer. Como no desabamento de edifícios em Marrocos, no
acidente ferroviário na Grécia, no rompimento da barragem do Brumadinho, no
ataque terrorista em Cabo Delgado, no derrame de petróleo do Prestige na Galiza
ou na debandada em estádio de futebol na Indonésia, entre outras tragédias que
marcam a nossa história universal.
Todos estes eventos desafiam-nos ao conhecimento e melhoria
da qualidade da segurança e da investigação, e como consequência a uma
aprendizagem com a experiência e com a atuação, protagonizadas por um corpo
docente multidisciplinar em que assenta esta pós-graduação.
A decorrer durante um semestre, este curso foca-se nas
habilidades fundamentais exigidas a um perito em investigação e segurança em
catástrofes, crises e acidentes e fornece uma aprendizagem incomparável. Tudo
isto inclui estudos de casos práticos, tal como no final do curso ligados a
exercícios de campo, num cenário simulado de investigação de um evento a
realizar no município de Vila Nova de Poiares, com a participação da sua
corporação de bombeiros voluntários.
Objetivos
A pós-graduação tem como objetivo dotar os futuros peritos
de conhecimentos e competências científicas e técnicas necessários, sustentados
pelas melhores práticas de segurança e de investigação, multidisciplinares e
multi-institucionais, que lhes permitam realizar, com eficácia e adequação,
todos os procedimentos de segurança e de investigação de ocorrências, como as
expostas na apresentação do curso.
Tal posiciona os futuros peritos como fortes contribuintes
para a formulação da nova política pública de redução do risco de
catástrofes, designadamente no quadro da implementação da Estratégia
de Desenvolvimento Territorial da CIM-RC no período 2021-2027 e da Estratégia
Portugal 2030, bem como da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável.
Destinatários
Licenciados nas áreas de: Proteção do Ambiente,
Serviços de Segurança, Ciências Físicas, Ciências da Vida, Saúde, Educação,
Ciências Sociais e do Comportamento, Direito, Engenharia e Técnicas Afins,
Arquitetura e Construção, Agricultura, Silvicultura e Pescas e Serviços de
Transporte.
Profissionais de: gestão do risco, proteção civil,
forças armadas, forças e serviços de segurança, bombeiros, saúde,
educação, ciências sociais, formuladores de políticas públicas, construção
civil, aeronáutica, mecânica, náutica, rodoviária, ferroviária, informática,
florestal, ambiental, geológica e hidráulica.
Duração do Curso
1 Semestre (4 meses)
Carga Horária (Total de horas de contacto)
97 horas
Horário
Sextas-feiras - 18h – 22h
Sábados - 9h-13h
Modalidade de Ensino
À distância. A última unidade curricular decorre de forma
presencial.
Data de início
17 de janeiro de 2025
Data do fim
12 de abril de 2025
Cronograma
[pdf]
Plano de Estudos
[pdf]
Coordenação
Prof.ª Doutora Noémia Salgado Cunha
Contacto de coordenação: noemiacunha@ismt.pt
Corpo Docente:
Noémia Salgado Cunha, Instituto Superior Miguel Torga [pdf]
Paulo Marco Palrilha, Corporação de Bombeiros Sapadores da Câmara Municipal de
Coimbra [pdf]
Rui Filipe Resende Melo Coelho de Moura, Polícia de Segurança Pública [pdf]
Fernando Costa, Instituto Superior Miguel Torga [pdf]
João Paulo Rodrigues, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de
Coimbra [pdf]
Sónia Fidalgo, Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra [pdf]
Miguel Corticeiro, Instituto Superior Miguel Torga [pdf]
Bruno Edgar Inverno Lopes, Guarda Nacional Republicana [pdf]
Messias Mira, Polícia Judiciária [pdf]
Margarida Dias, Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses [pdf]
Gonçalo Nuno Lourenço Carnim, Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências
Forenses [pdf]
Ciclo de Conferências:Ocorridas na 1ª Edição:
