Ilza Amado Vaz disse que o executivo são-tomense não foi
informado “de maneira oficial” sobre a inclusão do arquipélago na lista dos
países “que devem cumprir alguns requisitos para que no prazo de 60 dias não
vissem limitado o acesso aos Estados Unidos”.
O Governo são-tomense vai enviar documentos solicitados
pelos Estados Unidos da América para evitar restrições à entrada naquele país,
disse hoje a ministra dos Negócios Estrangeiros do arquipélago.
Ilza Amado Vaz disse que o executivo são-tomense não foi
informado “de maneira oficial” sobre a inclusão do arquipélago na lista dos
países “que devem cumprir alguns requisitos para que no prazo de 60 dias não
vissem limitado o acesso aos Estados Unidos”.
No entanto, adiantou que foi solicitado “através dos canais
diplomáticos um conjunto de informações, especialmente alguns documentos”, que,
admitiu, “talvez tenha alguma ligação” com a lista divulgada.
“É um processo que está em curso e as instituições já vêm
trabalhando no sentido de se fornecer as informações necessárias para que se
respeite o quadro exigível para se poder continuar a ter acesso aos Estados
Unidos e os cidadãos poderem deslocar-se e utilizar o seu passaporte”, disse
Ilza Amado Vaz.
“Julgo que cumpriremos no prazo previsto. Caso recebermos
alguma notificação das autoridades americanas, responderemos no esforço de
poder permitir que o direito de acesso, tanto quanto os americanos têm a São
Tomé e Príncipe, os santomenses, preenchendo os requisitos legais, também
possam ter o acesso aos Estados Unidos”, acrescentou a chefe da diplomacia
são-tomense.
Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial
são alguns dos 43 países cujos cidadãos podem vir a enfrentar restrições à
entrada nos Estados Unidos, noticiou o New York Times (NYT).
Um projeto de lista com 43 países está, segundo o jornal, a
circular no seio da administração de Donald Trump e enumera três níveis de
países cujos cidadãos podem enfrentar proibições ou restrições nas viagens para
os Estados Unidos.
Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial,
quatro países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), surgem no
grupo de nações às quais poderá vir a ser dado um prazo de 60 dias para
corrigirem deficiências detetadas, sob pena de sofrerem restrições mais
pesadas.
Os funcionários, que falaram sob condição de anonimato, advertiram
que a lista tinha sido desenvolvida pelo Departamento de Estado há várias
semanas e que era provável que sofresse alterações quando chegasse à Casa
Branca.
Desenvolvido por funcionários diplomáticos e de segurança, o
projeto de lista sugere uma lista “vermelha” de 11 países cujos cidadãos seriam
categoricamente proibidos de entrar nos Estados Unidos: Afeganistão, Butão,
Cuba, Irão, Líbia, Coreia do Norte, Somália, Sudão, Síria, Venezuela e Iémen.
O projeto de proposta inclui também uma lista “laranja” de
10 países para os quais as viagens seriam restringidas, mas não cortadas.
Nesses casos, os viajantes de negócios abastados poderiam ser autorizados a
entrar, mas não as pessoas que viajam com vistos de imigrante ou de turista.
Os cidadãos incluídos nessa lista seriam também sujeitos a
entrevistas presenciais obrigatórias para obterem um visto. A lista incluía a
Bielorrússia, Eritreia, Haiti, Laos, Myanmar, Paquistão, Rússia, Serra Leoa,
Sudão do Sul e Turquemenistão.
Jornal
Económico com Lusa
