A economia de Macau
cresceu 15,7% no primeiro semestre de 2024, em comparação com igual período do
ano passado, graças à retoma do jogo, disseram hoje as autoridades.
O produto interno
bruto (PIB) da região administrativa especial chinesa atingiu 204,3 mil milhões
de patacas (22,8 mil milhões de euros) entre janeiro e junho, adiantou a
Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).
A economia de Macau
tinha voltado a crescer em 2023, com o PIB a subir 80,5%, graças ao fim da
política `zero covid` e a retoma do turismo, invertendo uma contração de 21,4%
em 2022.
A China levantou em
06 de fevereiro de 2023 todas as restrições devido à pandemia de covid-19 nas
deslocações para Hong Kong e Macau, permitindo o reinício das excursões
organizadas para as duas cidades.
Em resultado, o
benefício económico das apostas feitas por visitantes em casinos aumentou 39,9%
em termos anuais na primeira metade de 2024, enquanto dos outros serviços
turísticos subiu 2,8%, sublinhou a DSEC, em comunicado.
Macau recebeu no
primeiro semestre mais de 16,7 milhões de visitantes, mais 43,6% do que no
mesmo período do ano passado, enquanto as receitas do jogo cresceram 41,9%,
para 113,8 mil milhões de patacas (12,7 mil milhões de euros).
A DSEC destacou
ainda um aumento de 2,8% na procura interna, em parte devido a uma subida de
9,8% no investimento privado, incluindo acréscimos de 29,8% no investimento em
equipamento e de 14,7% do investimento em construção.
O comunicado
apontou para "o crescimento contínuo dos investimentos em construção de
edifícios habitacionais, para além do reforço constante dos investimentos em
empreendimentos de grande envergadura" por parte das operadoras de
casinos.
O consumo privado
aumentou 7,8%, "devido à subida das receitas dos residentes, a qual foi
impulsionada pela recuperação contínua da economia local e do mercado de
trabalho", referiu a DSEC.
Pelo contrário, as
despesas do Governo caíram 14%, após o fim das medidas de apoio económico, que
incluíram dar oito mil patacas (917 euros) a cada residente, montante que podia
ser usado para efetuar pagamentos, sobretudo no comércio local.
Também o
investimento público em construção diminuiu 10,8%, devido à conclusão de parte
das obras públicas de grande envergadura, acrescentou o comunicado.
A DSEC destacou que
a economia de Macau representou 86,2% do PIB registado na primeira metade de
2019, antes do início da pandemia.
Macau, com cerca de
687 mil habitantes, tinha no ano passado o décimo PIB per capita mais elevado
do mundo, de acordo com dados compilados pelo Fundo Monetário Internacional.
Em 08 de março, a
agência de notação financeira Fitch Ratings previu que a economia do território
cresça 15% este ano.
Um dia antes, o
Fundo Monetário Internacional tinha previsto um crescimento de 13,9% este ano e
um regresso, em 2025, aos níveis anteriores à pandemia. Lusa
