O primeiro-ministro são-tomense viajou hoje para reuniões de
trabalho com autoridades do Gana e seguirá depois para Portugal, que considerou
de "parceiro tradicional e especial", com o qual quer relançar a
cooperação após encontro com homólogo português.
Segundo o gabinete do chefe do Governo são-tomense Américo
Ramos estará no Gana até sexta-feira e se reunirá com os ministros dos Negócios
Estrangeiros e das Finanças daquele país africano.
O primeiro-ministro disse que será "uma primeira
oportunidade" para "relançar a cooperação" e "abrir o
caminho para que Gana seja um parceiro de facto" tendo em conta a
proximidade entre os dois países.
"Nós já temos investimento do Gana no setor bancário.
Acho que há condições para que possamos avançar para outras áreas em que a Gana
tem muita experiência e está disponível para cooperar com São Tomé e
Príncipe" adiantou Américo Ramos.
Há uma semana o Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova
efetuou uma "curta visita privada" ao Gana e reuniu-se com o seu
homólogo, John Mahama, "onde o reforço e a dinamização da cooperação entre
os dois países, dominaram as conversações", segundo a Presidência
são-tomense.
O primeiro-ministro são-tomense estará em Portugal
de 10 a 13 de março.
"Com as autoridades portuguesas, iremos tentar relançar
a cooperação e manifestar mais uma vez a nossa disponibilidade de acelerar e
melhorar a nossa cooperação", disse Américo Ramos, acrescentando que
"Portugal é um parceiro tradicional, especial".
Américo Ramos sublinhou que "São Tomé e Príncipe mantém
já há algum tempo a esta parte, uma cooperação muito estreita e forte" com
Portugal em áreas tradicionais, nomeadamente a saúde, educação, defesa e
outras.
"O que eu vou fazer é tentar apresentar-me ao Governo
português, através do primeiro-ministro Luís Montenegro, para nós tentarmos
discutir e melhorar alguns pontos de cooperação", adiantou Américo Ramos.
Questionado sobre se a crise polémica em Portugal poderá
beliscar a sua visita, o primeiro-ministro são-tomense, admitiu que não.
"Eu acho que não. Eu acho que faz parte da democracia.
Então, foi uma solicitação de São Tomé e Príncipe, a reunião foi marcada, então
lá estarei para conversar com o primeiro-ministro", respondeu Américo
Ramos, antes de deixar a capital são-tomense.
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