Morreu na
segunda-feira no hospital Ayres de Menezes, em São Tomé, Diamila Salvaterra,
uma paciente de 34 anos de idade que sofria de uma doença rara, a fibrose
pulmonar. O falecimento da jovem mãe de quatro filhos comoveu a sociedade
devido ao surgimento de dificuldades que impossibilitaram a sua evacuação
atempada para Portugal.
A paciente que se
encontrava internada no hospital de referência do país havia cinco meses,
estava à espera de ser transferida para Portugal para poder receber cuidados
especializados, tendo sido dada luz verde neste sentido havia dois meses.
Contudo, colocou-se a problemática do transporte de Diamila Salvaterra rumo a
Lisboa e a necessidade constante de receber oxigénio.
A transportadora de
bandeira nacional a STP-Airways exigiu, na ocasião, botijas de oxigénio de
menor capacidade em relação às que estão disponíveis no país e que são de maior
calibre.
Não tendo sido
possível resolver a evacuação da paciente com a STP Airways, foram encetados
contactos com a transportadora TAP e foi possível garantir o suprimento das
botijas de oxigénio necessárias para a transferência segura da paciente que,
segundo o Ministério são-tomense da Saúde, estava prestes a acontecer nestes
dias.
O certo é que neste
impasse, o estado de saúde da paciente se agravou e a mesma acabou por falecer.
Diamila Salvaterra tinha 34 anos e deixou quatro filhos.
Acusadas de não ter
reagido a tempo perante esta situação, as autoridades, através de um comunicado
do hospital Ayres de Menezes, disseram que "a situação envolvia
apenas a patologia da paciente, o seu estado clínico que não permitia uma
viagem segura, e disponibilidade das companhias aéreas para prestar o
serviço".
O Ministério da
Saúde refutou ainda a tese veiculada em vários órgãos de comunicação de que a
morte da paciente Salvaterra estivesse relacionada com a falta de oxigénio ou
ainda a ausência de ambulância em Lisboa.
"A paciente
apresentava um quadro clínico complexo", afirmaram as autoridades
justificando ainda que "foram realizados exames e tratamentos
especializados, sempre buscando o melhor cuidado possível, de acordo com os
meios disponíveis".
A morte de Diamila
Salvaterra, comoveu o país e o Ministério da Saúde apelou para a implementação
de medidas que minimizem o risco de ocorrências de situações semelhantes no
futuro.
Por:Maximino Carlos/rfi
