A justiça são-tomense determinou prisão preventiva para
sete homens, incluindo um responsável da Polícia Judiciária, acusados de abuso
sexual de menores, anunciou o Ministério Público (MP), que diz estar a
investigar os casos.
"No âmbito da investigação de um auto de instrução,
registado na Procuradoria da República de Príncipe, o Ministério Público,
ordenou a detenção, fora de flagrante delito, de 4 suspeitos por abuso sexual
de duas menores", na ilha do Príncipe, anunciou hoje o Ministério Público
são-tomense.
O MP não indica a idade dos quatro arguidos, mas refere que
"em causa estão factos suscetíveis de integrarem, por ora, crimes de abuso
sexual de criança de 13 anos".
Segundo o MP, também na ilha do Príncipe foi detido e
colocado em prisão preventiva, na terça-feira, o coordenador da Polícia
Judiciária naquela ilha, suspeito da prática de um crime de abuso sexual de uma
menor de 14 anos.
Segundo o pai da menor, esta ficou grávida em resultado do
abuso e o arguido tentou ocultar o caso com promessas de viagens, oferta de
terreno e outros presentes.
Também em São Tomé, dois indivíduos, de 20 e 21 anos, foram
colocados em prisão preventiva na quarta-feira, suspeitos da prática de abuso
sexual de duas menores de 14 e 13 anos.
Segundo o Ministério Público, todos os processos, que
continuam em investigação, permanecem em segredo de justiça.
Nos últimos anos têm sido registados vários casos de abuso
sexual e violações em São Tomé e Príncipe, incluindo pais que abusam de filhas,
resultando em gravidez das menores.
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