Publicado a: O Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, está de regresso à Cimeira da União Africana participando este fim de semana na reunião dos lideres africanos em Adis Abeba, na Etiópia.
Carlos Vila Nova, Presidente de São Tomé e Príncipe, está em
Adis Abeba na Etiópia para participar na Cimeira da União Africana. No final da
sessão plenária de sábado e após a eleição do djibutiano Mahamoud Ali Youssouf,
o chefe de Estado são tomense falou aos jornalistas sobre o regresso de São
Tomé às sessões plenárias, o mandato de Angola na União Africana e a tão
disputada eleição para os orgãos desta instituição.
"Eu acho que o acto principal foi a eleição do
presidente e da vice-presidente da Comissão da União Africana. É um acto que
acontece no mínimo de quatro em quatro anos e para mim é uma elevada honra em
poder assistir. É a primeira vez e nunca tinha estado. Fez-me alguma confusão
as sete rondas, não estava muito habituado. Acho que é democracia a mais, mas
congratulo a organização por essa capacidade, essa resistência em fazer isso.
Penso que uma das coisas que no futuro pode se encontrar uma forma de
simplificar, mantendo o pendor democrático na mesma", indicou o
Presidente.
É o regresso de São Tomé e Príncipe a esta organização
internacional após um período de suspensão por não pagamento de quotas. Para o
Presidente são-tomense, o pagamento das quotas "é um esforço" que os
países devem fazer.
Nesta Cimeira, Carlos Vila Nova mostrou-se preocupado com o
conflito na República Democrática do Congo, não hesitando em condenar os países
quem apoiam movimentos rebeldes no continente.
"O que está a acontecer no Leste da RDC no século XXI é
realmente de não se compreender e não haver razões. Para já, não se pode apoiar
nenhum grupo rebelde. E quando um Estado, um país apoia abertamente um
movimento rebelde a troco de não sei o quê e há pessoas a morrer sem saberem
por que é que estão a morrer, há pessoas a saírem das suas casas, das suas
zonas de residência sem saberem porquê. E eu posso dizer por experiência
própria, porque isto já aconteceu no meu país. A pior ou a coisa mais difícil
que um político tem que fazer é a deslocação da população. Ninguém sai
definitivamente, a pessoa sai para voltar. E isto é um grande problema. O que
está a acontecer lá? E eu não quero fazer parte disso pelo que condeno hoje,
condenarei amanhã e condenarei sempre. Em África, em qualquer parte do mundo,
eu acho que as pessoas devem ter paz, devem viver em paz, devem ter vizinhos,
devem ter famílias. E isto é contrário a tudo isso que eu acabo de dizer",
concluiu o Presidente são tomense.
Por:Catarina Falcão
