Início da formação
está prevista ainda para este ano, com a ida de formadores portugueses da IGAI
para São Tomé, onde ficarão durante um período ainda relativamente alargado.
A Inspeção Geral da
Administração Interna de Portugal vai dar formação e fornecer apoio material à
instituição homóloga de São Tomé e Príncipe, segundo um protocolo assinado esta
segunda-feira em São Tomé, devendo as ações começar ainda este ano.
O documento foi
assinado no âmbito do programa de cooperação entre o Ministério da
Administração Interna de Portugal e o Ministério da Justiça, Administração
Pública e Direitos Humanos de São Tomé e Príncipe.
“É nossa
expectativa e seguramente que isso irá acontecer, podermos cooperar ao nível da
maior capacitação técnica dos senhores inspetores da inspeção Geral da
Administração pública de São Tomé, de São Tomé, ao nível de fornecimento de
equipamento […] de forma a termos uma inspeção mais robusta, mais capaz e mais
competente”, disse a inspetora-geral da Inspeção Geral da Administração Interna
(IGAI) de Portugal.
Ana Bela Cabral
Ferreira disse que além da assinatura do protocolo já foram entregues
alguns equipamentos a São Tomé, designadamente computadores.
O início da
formação está prevista ainda para este ano, com a vinda de formadores
portugueses da IGAI para São Tomé “onde ficarão durante um período ainda
relativamente alargado”, adiantou.
“Virá um inspetor
com competências ao nível das auditorias financeiras, ao nível dos processos
disciplinares, outro ao nível da tramitação dos processos e eventualmente
outro ao nível de equipamentos informáticos“, precisou.
A diretora do IGAI
assegurou ainda “toda a disponibilidade” de receber os inspetores são-tomenses
em Portugal, admitindo que dependerá da vontade da parte são-tomense.
O inspetor-chefe da
Inspeção Geral da Administração Pública de São Tomé e Príncipe, sublinhou a
importância desta parceria com a congénere portuguesa.
“Para além de
recursos humanos, temos problemas de meios informáticos. Nós precisamos de
impressora, precisamos de computadores, até precisamos de transporte […] são
dificuldades que temos enfrentado, mas há todo o empenho do Governo no sentido
de aos poucos ir minimizando estas dificuldades”, disse Velasio Amado em
declarações à Lusa.
O inspetor-chefe
são-tomense disse que a instituição que dirige tem atualmente quatro
inspetores em pleno exercício, quando o ideal seriam pelo menos 15 para
responder as demandas dos processos que tem recebido provenientes dos onze
ministérios e as direções da administração pública.
“Têm sido muitos
[processos] e muito cabeludos. Precisamos de muita mão-de-obra, pelo que nós
vamos fazendo o possível com aqueles que temos. Por vezes nós temos só um
inspetor com três a quatro processos e isso tem bastante constrangimento para
os nossos serviços”, lamentou, Velasio Amado.
A Assinatura do
acordo decorreu no Ministério da Justiça e Administração Pública de São Tomé,
na presença da ministra da tutela, Ilza Amado Vaz.
Lusa
