De acordo com o Conselho de Ministros, órgão que reúne o
Governo às Terças-feiras, a aprovação da oferta tarifária para Zona de Comércio
Livre Continental Africana vai dar certos benefícios ao país.
O Governo moçambicano acaba de aprovar os preços a serem
praticados no âmbito da Implementação do Acordo que cria a Zona de Comércio
Livre Continental Africana (ZCLCA). Trata-se de um instrumento que define não
só os preços dos bens e serviços que o país vai colocar à disposição, mas
também a lista dos produtos isentos de direitos alfandegários.
De acordo com o Conselho de Ministros, órgão que reúne o
Governo normalmente às Terças-feiras, a aprovação da oferta tarifária vai dar
certos benefícios ao país.
Com o instrumento, Moçambique poderá aceder ao Fundo de
Ajustamento da Zona de Comércio Livre Continental Africana que visa assistir
Estados partes na implementação do Acordo, com o objectivo de se evitar
possíveis impactos negativos que possam surgir.
Moçambique poderá ainda “usar o Sistema Pan-Africano de
Pagamentos e Liquidação (PAPSS – Pan-African Payment and Settlement System) que
vai ser disponibilizado conjuntamente pelo Afreximbank (African Export-Import
Bank) e o secretariado da ZCLCA, para ser usado pelas empresas africanas nas
transacções comerciais intra-africanas”.
É deste modo que o país fará parte da Iniciativa de Comércio
Intra-africano Guiado para Mercadorias, que visa criar oportunidades em África,
através dos operadores económicos dos países que já submeteram as suas ofertas
tarifárias e que já realizam transacções comerciais nas seguintes cadeias de
valor de produtos: azulejos cerâmicos, pilhas, hortícolas, abacates, flores,
fármacos, óleo de palma, chá, borracha e componentes de aparelhos de ar
condicionado, refere o comunicado do Conselho de Ministros divulgado hoje.
Dados recentes apontam que Angola, Cabo Verde, Guiné
Equatorial e São Tomé e Príncipe são os países lusófonos que também já
ratificaram o acordo.
