O Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens - FIL, de Karen Acioly, começa este ano, em parceria com a província de Córdoba, na Argentina

A 21ª edição do FIL, em novo formato, traz a primeira ação de internacionalização fora do Brasil, no “1º Encontro Cultura Infância”, em parceria com o Festival Internacional de Teatro para la infancia Y la juventud -2024 da província de Córdoba, na Argentina. E apresenta o premiado texto de Karen Acioly, “Cabelos Arrepiados”, representando o FIL

(foto: Renato Mangolin) – o premiado espetáculo Cabelos Arrepiados estará no FIL 2024 na Argentina

O FIL, Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens, chega à maioridade de um jeito diferente, em um novo formato. Aos 21 anos, pela primeira vez, o FIL sai das terras cariocas e aterrissa em Córdoba, em uma cooperação internacional com a Argentina. Esta é a primeira ação do FIL Internacional, que se prolongará em 2025 com o Ano do Brasil na França.

 

O 1º Encontro Internacional Cultura Infância, acontecerá de 2 a 6 de outubro, em Córdoba. O FIL levará para o Festival a premiada opereta infantojuvenil “Cabelos Arrepiados”, de Karen Acioly, com encenação do Buia Teatro de Manaus, configurando um laço cultural estreito entre Rio de Janeiro e a cidade mais populosa e a mais extensa da Argentina.

“Este primeiro encontro estabeleceu uma iniciativa de unir nossos dois festivais: o FIL Festival e o Festival Internacional de Teatro para la infancia Y la juventud -2024 da província de Córdoba, dirigido por Raul Sansica, para lançarmos juntos uma primeira semente entre Brasil e Argentina, que possa, pouco a pouco, ser ampliada, criando laços profícuos para a Cultura Infância”, explica Karen.

 O Ministério da Cultura do Brasil – por meio da Secretaria da Diversidade Cultural – estará presente, assim como outros festivais brasileiros, assim como representantes do Chile, Uruguay e México.

 Haverá ainda espetáculos dos diversos países participantes e mesas-redondas que contarão com as presenças brasileiras do Festival do Pequeno Cineasta (SP-RJ), Mostra Espetacular (PR), a fim de estabelecer o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à Cultura Infância, de curto, médio e longos prazos.

A ideia de ampliar o leque – para além dos espetáculos- surgiu de uma conversa entre Raul Sansica e Karen Acioly, quando a idealizadora do FIL sugeriu ultrapassar fronteiras e propôs um encontro de festivais e fazedores da Cultura Infância, para refletir sobre novos caminhos dos festivais e parcerias, em tempos de cuidados com o meio ambiente, além do fortalecimento de ações continuadas de cooperação internacional.

“Novas estratégias e articulações -de curto, médio e longo prazos- precisam ser bem estruturadas e os nossos festivais, com reconhecidas trajetórias e legados, podem criar essas pontes e laços. Os desdobramentos - desta primeira semente- serão divulgados após o Encontro. Desejamos que ambos os países, representados aqui pela Agência Córdoba de Cultura e pelo Minc, assinem a carta de intenções, para que possamos continuar parcerias criativas e longevas”, ressalta Karen.

Nos dias 3 e 4 de outubro, Sansica e Acioly vão realizar a Cerimônia de abertura dando as boas-vindas ao 1º Encontro Internacional Cultura Infância e apresentarão os objetivos do encontro, para autoridades governamentais e público participante.

O objetivo principal é gerar uma rede de trabalho colaborativo onde instituições governamentais e civis, organizações e pessoas dedicadas à infância

de diferentes atividades culturais liguem, nutram e gerem intercâmbios e programas de atividades sustentáveis, compreendendo a cultura como algo que garanta o fortalecimento do espírito crítico, criativo e identitário.

A ideia dentro da proposta é também incentivar o compromisso do Estado com a inclusão das crianças como um setor específico dentro de políticas públicas culturais, que inclui arte, educação, saúde, ciência, esportes, recreação e, ainda, promover a escuta atenta às vozes das crianças, participação delas como protagonistas na construção do cotidiano.  

As plenárias internacionais contam com as seguintes temáticas:

 

Dia 3 de outubro

19h - Brasil: Políticas públicas governamentais, da Cultura Infância em desenvolvimento

Palestrante: Marcia Helena Rollemberg- Secretária da Diversidade Cultural do Minc (Brasil)

19h30 - Chile: Políticas da infância – não governamentais - em desenvolvimento

Palestrante: Andrea Pérez de castro – Famfest (Chile)

 20h15 - Referências em infâncias: Escuela de espectadores (Misiones), Teatro Campesino (Córdoba), Centro Cultural de Titería (México), Mocilyc, Radio Butia (Uruguay) Nevadas Escênicas (Rio Negro)

Dia 4 de outubro

10h - Potência Iberescena: A infância nas políticas Iberescena. A infância como transversalidade

11h - Mesas de trabalho – Reunião geral

 18h - Mesas de trabalho

Eixo 1: Processos criativos em propostas para as infâncias: cine, literatura, música, teatro, dança, e linguagens não classificadas.

Modera: Cristian Palacios – Festival de Teatro Pirologias - Argentina

Eixo 2: Gestão, sensibilização e formação de públicos

Modera: Nora Lia Sormani – Festival Kunumí- Argentina

 Eixo 3: Redes de comunicação e difusão

Modera: Michele Menezes – Rede Fibra de Festivais Internacionais Brasileiros, para crianças - Brasil

 Eixo 4: A infância como protagonista nos processos criativos

Modera:Felipe Leibold - Festival Pequeno Cineasta - Brasil

 Eixo 5:Propostas inovadoras e/ou inclusivas em Infância

Modera: Luciana Trocello - Plan provincial de Lectura - Argentina

 19h30 - Leitura das conclusões e conteúdos das distintas mesas de trabalho

 20h - Coquetel

20h30 - Trabalho das equipes governamentais na redação da ata de compromisso

 21h - Ato protocolar de assinaturas da ata de compromisso

Sobre Cabelos Arrepiados 

(fotos: Renato Mangolin) – espetáculo Cabelos Arrepiados de Karen Acioly estará em Córdoba (Argentina)

A opereta infantojuvenil Cabelos Arrepiados, da premiada Karen Acioly, com direção de Tercio Silva, do Buia Teatro de Manaus, conta a história de cinco crianças que não conseguem dormir. Ao mesmo tempo que enfrentam os efeitos da privação de sono e de sonhos, elas refletem sobre temas como amizade, o diálogo com os pais e os perigos do consumismo e da destruição do meio ambiente.

Figurinos e maquiagem remetem à estética dos personagens Monster High, inspirados pela estética cinematográfica e hipnotizante de Tim Burton. Quanto à iluminação do espetáculo, ela é executada com precisão, inspirada nos filmes com a estética noir das décadas de 40 e 50.