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Presidente do Supremo Tribunal de São Tomé e Príncipe apresentou demissão

Em São Tomé e Príncipe, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Silva Cravid, confirmou o seu afastamento definitivo dessa instituição, deixando em aberto os expedientes necessários no Parlamento para a eleição do seu sucessor. Silva Cravid está a ser indiciado por um envolvimento sexual com uma menor alegadamente ocorrido há vinte anos.

Em conferência de imprensa, o magistrado demissionário que desmente as acusações, considerou que tem sido alvo de um processo de "linchamento" que estaria relacionado com o litígio já antigo em torno da posse da cervejeira nacional Rosema.

Silva Cravid anunciou nesta terça-feira ter formalizado o seu pedido de demissão como presidente do Supremo Tribunal de Justiça e ter introduzido um processo para a sua jubilação.

Afirmou que as acusações de que é alvo relacionam-se com o caso Rosema, a cervejeira nacional que foi restituída em 2023 a empresários são-tomenses, os irmãos Monteiro, depois de ter estado nas mãos do angolano Melo Xavier que pretende recuperar novamente a empresa, tendo relançado o processo que se arrasta há anos.

"Eu devo dizer que tudo isso tem origem num documento que entrou no Conselho Superior, que é um requerimento da Ridux (empresa pertencente a Melo Xavier) que deu entrada no Conselho Superior pedindo ao Conselho Superior que mova um processo disciplinar contra alguns juízes do Tribunal Constitucional", afirmou Silva Cravid.

Recorde-se que de acordo com denúncias postas a circular nas redes sociais, Silva Cravid é acusado de se ter envolvido com uma menor há cerca de 20 anos e com outra em 2021. A primeira adolescente citada, hoje com 36 anos de idade, admitiu ter tido uma relação de cerca de 10 anos com Silva Cravid, mas negou que isso tenha ocorrido quando era menor.

Questionado sobre o caso, o interessado tornou hoje a desmentir as acusações. "Eu nunca, em toda minha vida, me meti com menores. É um dos princípios meus que eu sempre tenho presente", disse o magistrado que apresentou queixa-crime por difamação e calúnia contra quem veiculou as denúncias, nomeadamente um juíz, Augério Amado Vaz.

De referir que na semana passada, após reunir-se por iniciativa do Presidente da República, o Conselho de Estado recomendou que sejam adoptadas medidas junto de outros órgãos públicos para melhorar e credibilizar a imagem da Justiça no país.

Por:Maximino Carlos/Rfi

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